Nokia negociará demissões no fim deste mês

Nokia negociará demissões no fim deste mês

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:50

A Nokia vai começar a negociar substanciais demissões junto a seus funcionários, no final de abril, depois de fechar um acordo de parceria com a Microsoft, anunciou o grupo finlandês na quarta-feira.

A Nokia, maior fabricante mundial de celulares pelo critério de volume, no mês passado anunciou uma reformulação de estratégia, abandonando sua plataforma de software e anunciando que usaria o Microsoft Windows Phone, o que prejudicou suas ações.     Os sindicatos finlandeses temem que a decisão possa custar milhares de empregos no país escandinavo.

Um porta-voz da Nokia informou que a empresa havia comunicado aos representantes dos funcionários na terça-feira que as negociações começariam "pelo final de abril."

Isso significa que qualquer anúncio de demissões deve vir depois da eleição finlandesa em 17 de abril.

Jorma Ollila, presidente do conselho da Nokia, disse ao diário finlandês Helsingin Sanomat que ainda não havia planos precisos para os cortes de custos.

"Trata-se de uma reestruturação mundial do nosso desenvolvimento de produtos; não se refere apenas à Finlândia", afirmou. "Não há nada no horizonte que seja especialmente horrível para a Finlândia, ou permita argumentar que a Finlândia não seria bem tratada", disse.

Os grandes acionistas da Nokia apoiam a nova estratégia para os smartphones, mas alguns deles estão impacientes quanto ao cronograma, disse Ollila.

"Conversamos com 20 a 30 dos acionistas mais importantes, e a mensagem deles é muito clara. Consideram que a estratégia é boa e que a decisão de adotar o Windows foi correta", teria dito Ollila.

"Mas não gostam da ideia de que estamos iniciando um período de reestruturação que pode durar 18 meses ou dois anos. É um prazo tão longo que alguns investidores não têm paciência para esperar", disse ao jornal, acrescentando que a cotação das ações da Nokia é "dolorosa para o conselho."

As ações da empresa caíram em quase 30 por cento desde o anúncio da parceria com a Microsoft, e mostravam queda de 0,5 por cento, cotadas a 5,885 euros, no começo do pregão.    

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