Projeto cria ponte entre NY e Rio para empresas iniciantes de internet

Projeto cria ponte entre NY e Rio para empresas iniciantes de internet

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:19

Fundadores das startups selecionadas para o

21 212 trabalham na sede do projeto, no Rio

(Foto: Divulgação) O programa de aceleração de startups 21 212 ajuda a desenvolver as empresas digitais brasileiras em estágio inicial, nos moldes do que é feito nos Estados Unidos. Para isso, criou-se uma ponte entre o mercado brasileiro e os investidores norte-americanos. “Inicialmente, a ponte com Nova York vai trazer conhecimentos de capital dos EUA. Mais da metade da nossa rede de mentores é formada por norte-americanos”, diz Frederico Lacerca, um dos fundadores do projeto no Brasil.

O 21 212 –que junta os códigos de área do Rio de Janeiro e de Nova York— também tem escritórios nos dois países. “Depois do término dos primeiros ciclos de aceleração, vamos usar o escritório de Nova York para alavancar no mercado norte-americano as empresas que foram desenvolvidas aqui no Brasil, mas tem um potencial de atuação global”, completa Lacerda, que explica que o escritório do Rio cuida da aceleração das empresas e o de Nova York fica com a captação de mentores e investidores.

Fundador de uma das empresas participantes, Márcio Campos, executivo-chefe da Vitalcred, conta que o intercâmbio acontece, principalmente, por meio de Benjamin White, o representante da 21 212 que fica no escritório de Nova York. “Mas ficou muito claro que o intercâmbio é maior do que com Nova York, é mundial com a rede de contatos que a rede 21 212 criou”, afirma.

De acordo com Campos, a rede de contatos já proporcionou a junção entre investidores em empresários. “Eles já conhecem nossos negócios por causa da 21 212. Antes mesmo de se posicionar como investidores, eles se propõe a dividir conhecimento e se tornam um pouco mentores do negócio”, explica.

A empresa fundada por Campos permite que qualquer profissional que vende um serviço ou produto possa aceitar pagamentos com cartões de crédito, usando o celular, um telefone fixo ou a internet. O sistema criado pela Vitalcred também permite fazer essa venda em algumas parcelas.

Gabriel Santos, fundador de outra startup selecionada, conta que está tendo oportunidade de aprender metodologias de desenvolvimento testadas “nas startups de mais sucesso no mundo”. Santos conta que viu na 21 212 uma chance de fugir do modelo de investimentos de capital brasileiro. “O investidor está preocupado em ter uma grande participação no negócio logo de início, em vez de se preocupar com a motivação do empreendedor”, conta.

Santos e Rafael Kaufmann fundaram a ResolveAÍ no segundo semestre de 2010, a partir de uma “frustração”. “Sempre achamos que a internet deveria resolver nossas vidas, e não complicar”, disse Santos. O ResolveAÍ funciona como um assistente pessoal virtual, sem custos. “Ele leva a você o produto ou o serviço que você quer, sem que você precise perder tempo com as centenas de resultados dos sites de busca ou com ligações telefônicas intermináveis”, explica o fundador.

Rotina

No total, foram 115 startups inscritas de todo o Brasil –20 foram consideradas finalistas e dez foram selecionadas. Os critérios usados, segundo o fundador, era que fosse uma empresa digital e que ela criasse produtos relacionados a áreas como comércio eletrônico, pagamentos digitais e redes sociais.

Sala de trabalhos compartilhada pelos membros do 21 212 no Rio (Foto: Divulgação) Em setembro, os membros das empresas começaram sua rotina de treinamento no Rio de Janeiro. A rotina inclui aulas de negócios e apoio na criação da infra-estrutura inicial necessária para a criação da empresa. “Tudo o que for necessário para evitar que ela tenha problemas no futuro”, explica o fundador. Os fundadores também convivem com a equipe de mentores da aceleradora.

O grande objetivo, segundo os fundadores, é deixar as empresas em um estágio suficiente para que elas possam se apresentar para investidores internacionais no Demo Day, que acontece em fevereiro de 2012.

“A aceleradora não investe dinheiro nas empresas”, explica Lacerda. O principal objetivo da iniciativa, segundo ele, é modelar a empresa e o produto.

Ideia

A criação da 21 212 surgiu, segundo seus fundadores, por causa do amadurecimento do mercado digital do Brasil e da economia local. “Além disso, existe no Brasil uma falta de empresas digitais sólidas capazes de competir no mercado internacional. Nós tínhamos certeza de que existem empreendedores brilhantes no Brasil”, diz Lacerda.

A ideia surgiu no final de 2010 e a aceleradora começou a ser desenhada em março de 2011. O primeiro ciclo de empresas começou ainda em setembro.

Do lado brasileiro, a 21 212 traz, além de Lacerda, Marcelo Sales e Rafael Duton, que trabalham na Movile. Nos Estados Unidos, fica Benjamin White, que também é um dos mentores da TechStars, um programa que aceleração de empresas digitais norte-americano.

Fundadores do projeto 21 212. Da esquerda para direita: Marcelo Sales, Leonardo Constantino, Benjamin White, Frederico Lacerda e Rafael Duton (Foto: Divulgação)        

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