Reino Unido busca desenvolver 'arsenal' cibernético

Reino Unido busca desenvolver 'arsenal' cibernético

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:06

O Reino Unido está dedicando mais empenho em desenvolver um 'arsenal' para uma guerra cibernética do que em outras áreas de atividade militar, afirmou o general David Richards, chefe das forças armadas, na segunda-feira.

'Trata-se genuinamente de uma grande prioridade para nós', afirmou.

'Em companhia de outros países com ideias parecidas na Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan), estamos expandindo nossa compreensão e arsenal nessa área de forma mais ativa do que em qualquer outra área,' disse ele no primeiro discurso público desde que assumiu a chefia do estado-maior de defesa britânico.

No mês passado, o Reino Unido anunciou que investiria 650 milhões de libras (1 bilhão de dólares) a mais em segurança da computação, depois que a nova Estratégia Nacional de Segurança destacou a área como uma das principais ameaças ao país.

A questão ganhou destaque em setembro, quando especialistas em segurança sugeriram que o worm Stuxnet, que ataca um sistema de controle industrial amplamente utilizado, poderia ter sido criado por um país para atacar as instalações nucleares do Irã.

No mês passado, o comandante da agência de espionagem de comunicações britânica também alertou que países já estavam utilizando técnicas cibernéticas para realizar ataques a outras nações.

'Muitas vezes digo às pessoas que, embora seja possível desativar a infraestrutura de um país por meio de pesados bombardeios, fazê-lo por meio de um ataque cibernético não requereria tempo algum,' disse Richards. 'Trata-se de uma área de imenso risco.'

Ele também declarou que o cronograma da Otan para transferir a responsabilidade pela segurança do Afeganistão às forças daquele país, em 2014, e encerrar suas operações de combate um ano depois era 'muito realizável.'

'Não foi uma data escolhida ao acaso,' disse, acrescentando que o mulá Mohammad Omar, líder do Taleban afegão, não havia gostado da mensagem de que a retirada não aconteceria mais cedo.

'Quatro anos, dadas as perdas que eles estão sofrendo e o crescimento firme da força nacional de segurança afegã, não é prazo que os faça felizes,' disse o general. 'E podemos manter otimismo cauteloso quanto a cumprir o prazo.'    

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições