A versão em inglês da Wikipédia, enciclopédia colaborativa on-line, saiu do ar às 3h (horário de Brasília, meia-noite no horário de Washington, nos Estados Unidos) desta quarta-feira (18), em protesto contra lei antipirataria que está em discussão no Senado norte-americano.
O site se junta a uma série de outros endereços que também se propuseram a sair do ar no mesmo dia. A proposta da Wikipédia é ficar fora de serviço durante 24 horas.
"Por mais de uma década, nós gastamos milhões de horas construindo a maior enciclopédia da história humana. Agora, o Congresso dos EUA está considerando uma legislação que poderia prejudicar a internet livre e aberta. Por 24 horas, para aumentar a conscientização, estamos tirando a Wikipedia do ar", diz o comunicado na página principal da enciclopédia.
Jimmy Wales, um dos fundadores da enciclopédia, disse na segunda-feira (16) que a medida deve afetar até 25 milhões de pessoas em todo o mundo, já que esse é o número de visitantes que o site recebe todos os dias, segundo dados da consultoria comScore.
O Google, por sua vez, publicou a seguinte mensagem em sua versão em inglês: 'Diga ao Congresso que não censure a internet'.
De acordo com a Fox News, Google, Facebook e Amazon também poderão interromper seus serviços de maneira coordenada para participar do protesto, mas até as 3h15 desta quarta, os sites continuavam no ar. O site Reddit, compartilhador de conteúdo na internet, exibe um cronômetro indicando o horário em que também ficará fora do ar. A expectativa é de que isso ocorra às 11h no horário de Brasília.
A versão em português da Wikipédia não ficou fora do ar, mas estampou na página inicial um comunicado criticando a lei antipirataria em discussão nos EUA. "A Wikipédia precisa da internet para continuar livre. Os projetos de lei SOPA e PIPA ameaçam as wikipédias em todos os idiomas".
Chamada de SOPA, da sigla para Stop Online Piracy Act (pare com a pirataria on-line, em tradução), a lei tem reforço de representantes da indústria de cinema e de música do país que querem evitar a perda de vendas de seus produtos distribuídos gratuitamente na web.
O projeto responsabiliza os sites pelo conteúdo publicado ou distribuído ilegalmente pelos usuários, sugerindo que as empresas encontrem meios para impedir a pirataria. As penas incluem fechamento do site e até cinco anos de prisão.
Disney, Universal, Paramount e Warner Bros., grandes estúdios de Hollywood, apóiam a lei, enquanto Google, Amazon, Facebook, eBay, Twitter, PayPal, Zynga, Mozilla, entre outras, são contra.
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