"Estava tomando anti-inflamatórios e diuréticos pra desinchar e eles camuflam no organismo", garantiu o ex-campeão do Pride no programa Agora é Tarde, que jurou não ter feito uso de nenhuma substância que configura o doping. Wand, em sua defesa, lembrou que nunca falou em um teste em quarenta e nove lutas profissionais.

Sobre a luta que faltou em sua carreira, o curitibano responder sem pestanejar que gostaria de ter enfrentado Chael Sonnen, com quem estrelou a terceira edição do TUF Brasil como treinador. O veterano, que foi anunciado como o lutador que possui a caixa-preta do UFC, falou que a briga nos bastidores do reality show foi um pedido da produção do programa, que o prejudicou na edição.

"Um produtor pediu pra dar uma apimentada. Me sacanearam na edição, colocaram o cara de bonzinho, mas antes teve uma discussão de uns quatro minutos, não foi pra briga direto, todo mundo tem instinto selvagem", completou Silva.

Wanderlei evita a todo custo mencionar o nome de Dana White – a quem aponta como o promotor de lutas que elevou o esporte a outro nível – mas não esconde a mágoa com o presidente do UFC, devido às declarações sobre a fuga do atleta ao exame antidoping realizado pela Comissão Atlética de Nevada.

O “Cachorro Louco” poderia ter falado dos planos futuros, focado na cruzada que pretende empreender em prol dos atletas mais novos, os quais, segundo ele, não terão as mesmas oportunidades devido ao declínio do MMA após a ascensão meteórica obtida com a ascensão do Ultimate em todo o mundo.

Na verdade a atração, ainda que seja um programa de humor, pecou pela perda de tempo com a ameaça de Rafinha Bastos ao lutador, que a todo momento dizia que iria mostrar (e mostrou) o vídeo da derrota de Wanderlei para o rival Vitor Belfort. Não foram mostradas as grandes vitórias do Mr Pride e ele pouco acrescentou aos fatos já conhecidos pelo público que acompanha o MMA. Esperava-se mais de um apresentador que conhece e acompanha a modalidade. Agora é tarde.