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De volta às aulas

De volta às aulas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:55

Fevereiro chegou e as aulas voltaram. É sempre aquela correria para comprar material escolar, uniforme e ligar para os amigos para saber se estão na mesma sala ou teve mudança. Quando eu estava na quinta ou sexta série, o colégio em que eu estudava tinha a mania de separar a turma. Metade ficava na turma A e a outra ia para a turma B. Com tantas reclamações dos alunos e dos pais, o colégio resolveu manter as turmas, mas, infelizmente, algumas mudanças ainda eram feitas. Um aluno ou outro era separado dos demais.

No primeiro dia de aula, tinha apresentação dos professores, pedidos de livros e cobranças. Às vezes, tinha até lição! Mas muitos professores pediam para a gente se apresentar. Ahhh... essa era a parte que eu menos gostava: "Oi! Eu sou a Joyce, tenho 13 anos, gosto de português, inglês e história, danço, sou fã do Hanson, adoro ir ao cinema e andar de bicicleta". E virava uma bagunça só. Parecia um debate sobre o presente e o futuro.

Alguns professores insistiam na pergunta: "O que você espera da sexta série?" Poxa! Eu esperava me divertir bastante, ter várias festinhas e histórias para contar para as minhas amigas e esperava que as aulas de educação física fossem sempre jogos de handbol, mas, sonho meu, tinha mesmo era de tudo, além de muita corrida e ginástica. A gordinha aqui, que queria jogar hand ou vôlei, tinha que suar a camiseta do colégio durante uma hora e 20 minutos nessas benditas aulas que eram, na maioria das vezes, feitas no sol... Ahhh... não tenho boas lembranças dessas aulas.

Voltando à pergunta sobre o que eu esperava da sexta série. "Eu espero entender bem as matérias, aprender a gostar de matemática e tirar boas notas". Eram 20 minutos escutando quase a mesma coisa até o 35° aluno terminar de responder. Um dia, um professor de história fez a seguinte pergunta, no primeiro dia de aula da sétima série. "O que vocês não querem aprender e o que vocês não esperam da sétima?" Naquele momento, todo mundo levantou a mão e eu comecei a pensar que interessante foi aquilo, pois como é chato e repetitivo falar o que se espera, mas falar o que não se espera parecia uma forma de deixar clara a sua opinião mais profunda sobre alguns aspectos negativos do curso ou da escola. Mandou bem o professor Walmir.

A hora do intervalo é o momento de falar das férias, de paqueras e das fofoquinhas. Éramos em seis na nossa turminha de meninas, e nós sempre estávamos atentas aos meninos mais velhos. Não sei o motivo, mas a gente adorava alguém da oitava série e, quando chegávamos lá, adorávamos alguém do segundo ou terceiro ano do ensino médio. Ninguém conseguia ficar ou namorar com algum deles, mas rolavam algumas paquerinhas até engraçadas.

Confesso que o primeiro dia de aula, para mim, era um pouco angustiante, pois eu tinha sempre medo de algo não dar certo, de ser separada das minhas amigas e pegar professores carrascos. Algumas vezes eu tinha sorte e outras não, mas eu sempre dava um jeito de me divertir e tirar bom proveito da situação. Ah... preciso dividir com vocês que eu não gostava de uma coisa. Na maioria das vezes, o segundo dia de aula ou o primeiro caíam no meu aniversário. Como eu faço no dia 11 de fevereiro, sempre rolava o mico de cantarem parabéns para mim no meio da aula ou no pátio do colégio. Agora, parem e pensem nas minhas bochechas vermelhas. Sim! Eu parecia uma moranguinho.

Tenho saudades do tempo da escola, das tardes livres, eu tinha lição e outras tarefas, mas era muito gostoso. Curtam bastante essa fase e nunca fiquem tão preocupados com o futuro, pois, na época do colégio, o que vale mesmo é o presente. O que pode acontecer ou não depois só são detalhes que, um dia, vocês irão contar para alguém e se divertir com as lembranças.

Por Joyce Müller

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