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E trabalhar na empresa do pai... é bom?

E trabalhar na empresa do pai... é bom?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:19

Alguns jovens contam com a vantagem de seus pais serem donos de empresa. Mas, no caso em que o profissional tenha vontade e interesse em trabalhar na empresa do pai, qual é a orientação para os passos iniciais?

Especialistas em gestão de carreira concordam que, mesmo que o estudante tenha definido por livre e espontânea vontade fazer parte da organização familiar, ele deve, o quanto antes, buscar experiências profissionais fora do negócio da família.

Tanto a professora do departamento de administração da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), Myrti de Souza, quanto a professora do Núcleo de Gestão de Pessoas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Adriana Gomes, afirmam que experiências fora do ambiente familiar são altamente enriquecedoras.

Na prática, o jovem aprende como se comportar no ambiente profissional e sobre questões relacionadas à hierarquia, ou seja, a importância do respeito aos superiores. Na empresa familiar, principalmente quando ainda se é muito inexperiente, é mais difícil adquirir esse tipo de aprendizado.

Conquistando respeito

Por mais que a empresa do pai seja grande e bem estruturada em termos administrativos, "é difícil se livrar do fardo de ser o filho do dono", comenta Adriana, e é justamente nesse aspecto que experiências em organizações nas quais a família não tem nenhuma ligação vão ajudar.

Adriana explica que o jovem precisa analisar bem sua relação com a família e, se ele entender que os pais o respeitariam mais, se ele tivesse experiências em outros lugares, é ainda mais recomendado que ele procure por elas. Além disso, isso ajuda que ele tenha mais respeito perante aos outros funcionários, já que a empresa do pai não é o único lugar onde ele trabalhou.

Se o jovem faz um estágio em outra empresa, por exemplo, ele não sentirá que precisa provar o tempo todo que sabe trabalhar quando chegar à empresa dos pais.

Por quanto tempo?

Não há fórmulas ou regras sobre quanto tempo se deve trabalhar fora da empresa familiar. "Isso depende muito”, comenta Myrti, que completa: “não há um período definido de que a pessoa precisa, em termos de experiência fora da empresa do pai. A maioria fica de um ano a dois, e muitos ainda fazem cursos no exterior”.

Quem vai dosar esse tempo é o próprio jovem, que, quando sentir que adquiriu experiência suficiente e conquistou certa maturidade, deve iniciar a carreia na empresa familiar. "Isso também vai depender de como os pais encaram a questão", lembra Myrti.

Adriana também pontua que essas experiências ajudam o jovem a evitar crises futuras. "É importante conhecer outras empresas, fazer algum estágio, passar algum tempo fora do País. Hoje existem muitas opções de mercado e conhecê-las evita uma crise pessoal, o que também pode colocar em crise o negócio da família".

A professora também sugere que, além de fazer estágio em empresas ligadas ao ramo de atuação da organização familiar, também deve-se buscar cursos que tratam de sucessão, cursos no exterior e trabalhos em empresas juniores.

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