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Planking: com 'cautela', Brasil adere à moda das fotos de bruço

Planking: com 'cautela', Brasil adere à moda das fotos de bruço

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:36

A popularidade de uma pessoa na internet depende do seu nível de envolvimento com os assuntos do momento. Nos últimos meses, a moda na rede é postar fotos em que alguém aparece deitado de bruços em algum ambiente inusitado. No planking, a proposta é imitar o formato de uma prancha (plank, em inglês), com o rosto virado para o chão e os braços rentes ao corpo. A brincadeira teria surgido em 2000 na Inglaterra com o nome de "lying down game" e se espalhado pelo mundo.

O estudante de engenharia Daniel Rosa da Cruz, 25, descobriu a brincadeira por meio da página do Facebook de amigos americanos. "Achei interessante e comecei a praticar. Entrei na comunidade brasileira e fui tirando minhas fotos", conta ele,que diz ter produzido cerca de 20 "retratos" desta maneira. Morador de São José dos Campos, no interior de São Paulo, ele gosta de fazer as imagens quando viaja com a namorada e já fotografou em Campos do Jordão, São Bento do Sapucaí e São Sebastião. "Passo o dia todo na internet. Sempre vejo uma mania ou outra, mas não acho graça. O planking envolve uma coisa da qual gosto muito que é fotografia. Já era meu hobby", diz. "Tem gente que acha que é babaquice, mas eu me divirto."

Além das críticas de quem simplesmente não entende a brincadeira, o planking tem criado polêmica pela ousadia de alguns praticantes. Na Austrália, onde o jogo teria ganhado o nome atual há oito anos, a brincadeira é popular e tem mais de 170 mil pessoas na comunidade no Facebook. No início deste ano, oito pessoas foram demitidas de uma rede de lojas por fazerem a brincadeira no local de trabalho. Em maio, um estudante de 20 anos caiu do sétimo andar de um edifício após tentar se equilibrar num parapeito de cinco centímetros de espessura. Segundo uma reportagem da rede britânica BBC, as autoridades locais chegaram a dizer que os praticantes poderiam ser multados por exercer uma "atividade não autorizada de alto risco".

O diretor de arte paulistano Beto Macedo, 30, entrou na brincadeira há dois meses e também chegou a se equilibrar na sacada de seu prédio para fazer uma foto. "Vira um desafio, você quer achar situações cada vez mais difíceis, bizarras ou engraçadas", diz. "É uma coisa naturalmente estranha, mas divertida de fazer, de ficar pensando onde tirar foto." Ele foi motivado pela #instamission, uma hashtag criada no Twitter pela publicitária Luiza Voll e pela jornalista Daniela Arrais, que pede aos usuários do aplicativo para iPhone Instagr.am que publiquem fotos inspiradas num determinado tema. Segundo Voll, o planking é um dos temas com maior repercussão. "Recebemos mais de 180 fotos e chegamos a ficar com medo por conta de algumas imagens em locais perigosos", diz. Por conta disso, elas e alguns entusiastas do planking pregam três princípios básicos para quem quiser participar do jogo: não se machucar, não atrapalhar as pessoas e não estragar propriedades públicas.

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