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Unesco aprova kits contra a homofobia nas escolas

Unesco aprova kits contra a homofobia nas escolas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:54

A Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura publicou um parecer favorável à distribuição em escolas da rede pública para alunos do ensino médio de kits informativos de combate à homofobia que fazem parte do projeto Escola sem homofobia, que conta com apoio do Ministério da Educação. O projeto ganhou ainda a aprovação de outro órgão das ONU, a Unaids - Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids.

O material  do programa foi desenvolvido com apoio e supervisão da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), órgão ligado ao MEC, e executado em parceria com a Global Alliance for LGBT Education (Gale) e as organizações não governamentais Pathfinder do Brasil (coordenadora do projeto), Ecos – Comunicação em Sexualidade, Reprolatina e Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).

O kit foi elaborado após a realização de seminários com profissionais de educação, gestores e representantes da sociedade civil. O material é composto de um caderno que trabalha o tema da homofobia em sala de aula e no ambiente escolar, buscando uma reflexão, compreensão e confronto. Tem ainda uma série de seis boletins, cartaz, cartas de apresentação para os gestores e educadores e três vídeos. O projeto-piloto está sendo analisado pelo MEC. O plano inicial é distribuir 6 mil kits nas escolas públicas do país ainda este ano. Procurado pelo G1, o ministério afirmou que, por enquanto, não vai se pronunciar sobre o assunto.

A questão da homofobia é presente nas escolas, especialmente no ensino médio. Segundo pesquisa da Unesco divulgada em 2004 e raplicada em 241 escolas públicas e privadas em 14 capitais brasileiras, 39,6% dos estudantes masculinos não gostariam de ter um colega de classe homossexual, 35,2% dos pais não gostariam que seus filhos tivessem um colega de classe homossexual, e 60% dos professores afirmaram não ter conhecimento o suficiente para lidar com a questão da homossexualidade na sala de aula.

De acordo com o parecer da Unesco, assinado por Vincent Defourny, representante da entidade no Brasil, "os materias do Projeto Escola sem Homofobia estão adequados às faixas etárias e de desenvolvimento afetivo-cognitivo a que se destinam". Diz ainda que este projeto se utiliza do espaço da escola para ariculação de políticas públicas voltadas para adolescentes e jovens, fortalecendo e valorizando práticas do campo da promoção dos direitos sexuais e reprodutivos destas faixas etárias.

O documento conclui que o "o conjunto de materiais foi concebido como uma ferramenta para incentivar, desencadear e alimentar processos de formação continuada de profissionais de educação, tomando-se como referência as experiências que já vêm sendo implementadas no país de enfrentamento ao sofrimento de adolescentes, lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros.

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