Hamburguer de minhoca e salsicha de papelão. Isso existe mesmo?

Hamburguer de minhoca e salsicha de papelão. Isso existe mesmo?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:50

'Tenho asco a hambúrguer e salsicha. Descobri que estes embutidos são feitos com restos de alimentos, minhoca, cavalo e até papelão', confessa Bruno Gomes, 25. Verdade ou mentira, assim como o estudante baiano, muita gente deve se perguntar o que realmente comemos. Camuflados em tentadores alimentos ou escondidos por nomes populares em rótulos, sua comida pode conter coisas que só de pensar, causa rebuliço no estômago. Nas próximas linhas, compilamos polêmicas lendas gastronômicas e desvendamos se elas fazem ou não sentido. Porém, avisamos: o churrasquinho grego, sabe? Aquela comida típica do centro da cidade de São Paulo... Essa continua sem resposta. 'Coloco de tudo um pouco e os clientes adoram', esconde um vendedor, de nome não identificado, do famoso churrasquinho.   Sem dúvida, um empecilho para as grandes redes e marcas são os boatos. Quem nunca ouviu a lenda de que o hambúrguer do McDonald´s é feito de minhoca? Pois bem, essa história rendeu tanto que, em 1992, membros da rede convocaram uma coletiva de imprensa para provar que a ‘fofoca’ não tinha o menor cabimento, afinal, um hambúrguer feito de minhoca seria cinco vezes mais caro que um de carne bovina. A Sadia, famosa por fabricar hambúrgueres congelados, também deixou claro que os seus produtos são de primeira qualidade e feitos com carne pura. Cabe você acreditar! (Clique   aqui   e aprenda a fazer um hambúrguer caseiro).

Por falar em McDonald's, a rede sempre viveu em torno de boatos, mitos e teorias mirabolantes a seu respeito. Além do hambúrguer, muito já se falou sobre as batatas fritas que nunca estragam. Para os que gostam, sempre ficou a pergunta: por que a batata do Mc é diferente das que comemos em casa ou em qualquer outro lugar? Por que é mais gostosa que as outras? Walt Ricker, porta voz da empresa, em entrevista ao New York Times, disse: 'O McDonald's adiciona sabor de carne às batatas antes delas serem congeladas instantaneamente e cumpre todas as regras do FDA (órgão americano que regula o setor de alimentação) ao dizer que elas incluem ingredientes naturais'. Dessa afirmação surgiu uma nova especulação: Qual ingrediente natural, que vem de uma planta, dissolve-se facilmente em gordura, realça o sabor dos alimentos e desperta o apetite em qualquer um? Não sabemos. Em entrevistas, o Dr. Omar Khayyam Ravenhurst, bioquímico e professor da Universidade Estadual da Pensilvânia, diz com toda certeza que desde a década de 70 o McDonald's vem adicionando um extrato natural de maconha em toda a gordura que é utilizada em seus alimentos.

Segundo o mesmo Dr. Ravenhurst, a maconha faz com que o rinencéfalo, área do cérebro responsável pela percepção do cheiro e do gosto dos alimentos, fique superestimulada. Ou seja, para ele, este seria o motivo das pessoas não conseguirem parar de comer McDonald's. Teoria da conspiração? Provável. Imaginem a logísitica que teria que ser montada para que o McDonald's conseguisse produzir ou adquirir maconha, que continua sendo ilegal para esse fim em todo mundo.

E o queijo Roquefort? Ele é mesmo embolorado? Sim. A guloseima é o nome de uma variedade de queijo, originalmente francês, produzido com leite de ovelhas. Na sua fabricação são injetados fungos (bolores) na massa. São estes fungos que desenvolvem no queijo a aparência característica verde-azulada, que lhe dão o sabor especial e não causam nenhum mal à saúde.

'Tem o segredo da receita da coca cola, que seria um funcionário que caiu dentro do tanque de refrigerante e não foi resgatado', aponta Bruno Gomes. Essa é a mais pura mentira, claro. A verdade é que a Coca nunca revelou a receita original de seu produto, por isso muitas teorias são criadas, dependendo da criatividade humana. (Clique   aqui   e faça uma surpreendente receita com Coca-Cola)   Em busca de histórias mirabolantes na internet, o Gastronomia & Negócios descobriu uma 'cabeluda', ou melhor, 'nojenta'. Em redes sociais, pessoas afirmam que o 'Actívia', iogurte da Danone, é feito com substâncias retiradas das fezes humanas. Na verdade, a Bifidobacterium animalis, bactéria encontrada no produto, realmente está presente no intestino humano, mas isso não quer dizer que colocaram fezes no iogurte. Conforme a própria Danone afirma em seu site, "é obtido da replicação em meio de cultura estéril, da mesma forma que outros fermentos utilizado em iogurtes, queijos, pães. Não é absolutamente obtido de fezes".

Um e-mail circula por aí, afirmando que corantes são feitos a partir de um inseto originário do México, a Cochonilha ou Dactylopius coccus. E isso, é verdade! Esses corantes, se você procurar no rótulo das embalagens, vai encontrar com os nomes de "Vermelho 4", "Vermelho 3", "Carmim", "Cochineal", "Corante natural carmim de Cochonilha", "Corante C.I", "Corante ou Colorizante E120" e todos são sinônimos de Corante de Cochonilha. A Cochonilha é uma praga que dá em plantas e forma uma espécie de farinha nas folhas contaminadas. São besouros minúsculos (2 a 5 milímetros de comprimento) que formam colônias nas folhas, raízes e frutos das plantas; sugando a seiva, inoculando toxinas e provocando manchas, definhamento e morte da mesma. É criado em todo o mundo, inclusive no Brasil. O que quase ninguém sabe é que, supostamente, bilhões desses insetos são criados e esmagados para fazer corante vermelho utilizado em sobremesas, bebidas, roupas, chás. O uso de cochonilha viria desde o descobrimento das Américas (era utilizado pelos astecas) e sua comercialização teria aumentado, após a descoberta que corantes artificiais mais baratos causavam câncer.   E quem nunca escutou essa, hein: a salsicha é feita com as sobras de várias carnes. Verdade! O produto é obtido da emulsão de carne de uma ou mais espécies de animais de açougue, adicionado de ingredientes, embutido em envoltório natural ou artificial, ou por processo de extrusão e submetido a um processo térmico adequado. Traduzindo: na fábrica, quilos e quilos de carne (pode ser de boi, frango, coelho, porco, cordeiro) que não servem para mais nada são juntados e misturados até formar uma pasta. Essa pasta recebe uma capinha e fica naquele formato, após alguns processos, para que a devoremos felizes em forma de hot dog. E para a surpresa de Bruno de Gomes, a receita não leva papelão não. (Quer fazer um prato diferente com salsicha? Clique   aqui ).   A Mortadela é feita mesmo com carne de cavalo? Mentira. Ela é conhecida de todos e odiada por muitos. Para muita gente é sinônimo de falta de sofisticação e, para outros, é simplesmente deliciosa. Que o diga o famoso sanduíche da citada, do Mercado Municipal em São Paulo. Os boatos dão conta de que a mortadela é feita de carne de cavalo, e de restos de animais que não são aproveitados pelos frigoríficos. Na verdade, o embutido é fabricado com carne (magra) de porco com sobras cruas de presunto e de copa. Depois, o alimento recebe uma camada de gordura extraída da papada do porco. Durante o processo de fabricação, a carne é cortada em pedaços e triturada várias vezes, até que se tenha uma pasta cremosa. Então a massa recebe os pequenos cubos de gordura e, por fim, levada ao forno, onde é cozida a vapor. Veja   aqui   como preparar uma receita com Mortadela.

Quem poderia pensar que gelatina fosse feita com pele de porco? Pois bem, ela é. Em geral, a gelatina é fabricada a partir de matérias-primas que contêm alto teor de colágeno, como pele suína, pele bovina e ossos de bovinos. Estes materiais são retirados exclusivamente de animais aprovados para o consumo humano por autoridades veterinárias e depois passam por diversas etapas para sua fabricação. E se você achou que tinha motivos para abandonar essa guloseima, fique por dentro do outro lado. A gelatina é composta de colágeno, importante componente em ossos, cartilagens e articulações. Ao consumi-la, você reforça a nutrição desses tecidos e pode até prevenir doenças como artrite e osteoporose. Neste caso a verdade é benéfica, não?  

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