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Saúde

Boa comunicação é essencial para que fila de transplante ande

Boa comunicação é essencial para que fila de transplante ande

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

Um dos maiores gargalos para o sucesso de um programa de transplante de órgãos é o consentimento da doação de órgãos pela família. Há uma série de famílias que declara ser a favor da doação de órgãos, mas na hora de tomar a decisão muda de ideia. É de extrema importância a identificação de fatores que possam ser explorados para aumentar o número de famílias que irão decidir pela doação e uma pesquisa recém-publicada pelo British Medical Journal examinou os 20 principais estudos que investigaram essa questão.

Fatores essenciais para sucesso de doação

Identificou-se que os fatores mais importantes para o sucesso da doação de órgãos foram:

1) Fornecer aos familiares adequada informação sobre o processo de doação e seus benefícios;

2) Alta qualidade nos cuidados ao potencial doador;

3) Garantir que os familiares tenham um claro entendimento sobre o conceito de morte cerebral;

4) Antecipar o processo de solicitação de doação ao momento da notificação da morte cerebral do potencial doador;

5) Realizar o processo de solicitação de doação em ambiente privativo;

6) Envolver profissionais treinados no processo de solicitação de doação. Existem evidências também de que é preciso dar tempo para a família refletir. É recomendável que, mesmo após uma primeira posição negativa da família, seja feita uma nova abordagem, já que muitas famílias mudam de opinião.

O número de pessoas aguardando na fila do transplante aumenta cada dia mais, mas não se vê o mesmo crescimento no número de doadores. Uma grande porcentagem das pessoas que precisam de transplante literalmente morre na fila e esse grave problema de saúde pública deve ser tratado da forma mais profissional possível.

O processo de solicitação de doação junto às famílias requer tempo e treinamento, e o plantonista da UTI na maioria das vezes não é o profissional mais indicado para assumir esse papel. O presente estudo sugere que a melhoria do processo de comunicação com a família seja o fator que consiga mais rapidamente incrementar o número de doações num programa de transplante. Em nosso meio, ainda contamos com dificuldades como a falta de aparelhagem e profissionais preparados para o diagnóstico de morte cerebral, situação que tem sido oportunamente exposta pelo Dr. Drauzio Varella em recente campanha na TV.

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