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Campanha ligando tabagismo e ato sexual escandaliza a França

Campanha ligando tabagismo e ato sexual escandaliza a França

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:27

Uma nova campanha contra o fumo, comparando o tabagismo a um ato sexual forçado vem causando polêmica na França: o governo quer proibir, uma associação de famílias apresentou queixa, enquanto que um fabricante se insurge contra a comparação de fumantes a pedófilos.

A imagem causa impacto: ajoelhada, na altura da cintura de um homem de terno, uma adolescente, com o cigarro à boca, eleva um olhar submisso. Do adulto, vê-se a fivela do cinto e a mão imponente pousada sobre a cabeça da jovem. A publicidade termina com a legenda: "Fumar é ser escravo do tabaco".

A Associação dos Direitos dos Não-Fumantes (DNF, na sigla em francês), que lançou a campanha, assume o visual chocante, simbolizando "a submissão".

Nesta terça-feira, a secretária de Estado francesa da Família, Nadine Morano, denunciou uma "sugestão intolerável" e anunciou que ia pedir a proibição desta campanha, "com a alegação de ultraje ao pudor".

- Há outros meios para explicar aos jovens que o cigarro nos torna dependentes, num momento no qual lutamos contra a pornografia e a pedofilia, declarou.

Ofendidas, associações feministas também exigem o fim da campanha.

A associação Famílias da França apresentou queixa a um júri de deontologia publicitária, que tem o poder, em caso de não seguimento de regras profissionais, de pedir a cessação imediata da difusão da campanha.

A associação considera que a imagem, "ambígua", deixa pensar "que se assiste a uma felação" e torna a mensagem incompreensível.

Por sua vez, um porta-voz da filial francesa da British American Tobacco lamentou que um fumante "possa ser assimilado a um estuprador ou a um pedófilo", lembrando que o fumo é um produto vendido legalmente, sob monopólio do Estado.

Para sua defesa, a associação DNF, que milita há 50 anos pelos direitos dos não-fumantes, disse querer "reagir à indiferença exasperante dos jovens ao discurso contra o fumo" e "romper com as campanhas preventivas de tom mais morno".

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