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Comportamento magro

Comportamento magro

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país onde mais se consome remédios para emagrecer. Baseada em dados recentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a OMS comprovou que até julho deste ano, somente nas farmácias de manipulação brasileiras, foram comercializadas 170 milhões de cápsulas de remédios para emagrecer.

A busca alucinada pelo padrão estético "ideal" faz com que muitas pessoas cometam excessos e comprometam a própria saúde, sempre tentando encontrar uma fórmula mágica para perder, rapidamente, quilinhos indesejáveis.

Apesar da temática obesidade e sobrepeso serem muito divulgados hoje, poucas pessoas sabem que a alimentação saudável esbarra também em questões comportamentais e emocionais. Muitas pessoas comem de forma errada, se alimentam por motivos alheios a função de nutrir o corpo. Isso significa atribuir à comida funções que não podem ser supridas por ela, como aplacar desconfortos, solidão, tristeza, ansiedade e ociosidade.

Junta-se a isso o fato das pessoas não saberem estabelecer o que, quanto e quando comer, ou seja, não saber escolher os alimentos, não ter rotina alimentar (horários para as refeições, lanchinho e água sempre à mão), não saber mastigar e saborear os alimentos, não saber lidar com os exceções. Por isso, o primeiro passo para o emagrecimento saudável está relacionado à mudança de pensamento e comportamento em relação à comida, alterando diretamente a forma de se relacionar com a alimentação.

Para emagrecer e manter-se magro é preciso desenvolver comportamentos magros. Saber quando, quanto e o que comer, aprender a distinguir fome fisiológica de fome específica e fome psicológica, aprender a administrar as exceções (afinal, nenhum alimento pode ser proibido, pois a proibição leva à compulsão), aprender a se comportar em festas, assumindo responsabilidade pelo seu processo de emagrecimento. Além disso, é fundamental ter objetivos claros e significativos que valham a pena adiar o prazer imediato proporcionado pela comida em prol de objetivos mais importantes, como melhorar sua condição de saúde, gostar mais do seu corpo através de uma silhueta mais esguia, implementar seus relacionamentos e qualidade de vida.

Com a Psicologia do Emagrecimento, a pessoa que tem dificuldades em relação à alimentação é ajudada a compreender o porquê se comporta de tal maneira diante da comida. Assim, percebe quais motivos a levaram a desenvolver os hábitos alimentares atuais, como está seu contexto de vida atual e o que é necessário modificar para desenvolver comportamentos que corroborem com seus objetivos, sejam eles emagrecer, manter-se magro ou ter hábitos alimentares saudáveis.

Manter-se magro, aliás, é um grande obstáculo enfrentado pelas pessoas que sofrem com o excesso de peso. Isto ocorre porque perder peso é a parte mais fácil do processo de emagrecimento. É muito comum que após uma eliminação de peso, a pessoa pense que já que está mais magra pode abusar um pouco na alimentação e acaba voltando a engordar.

Outro motivo é que, muitas vezes, a pessoa continua se comportando ou pensando gordo, comendo o que sente em vez de falar o que pensa. Há também àquelas que passaram por uma dieta muito radical, retirando da rotina alimentos imprescindíveis à alimentação equilibrada e o que acontece é que as restrições (dietas que excluem carboidratos e gorduras, por exemplo) funcionam como um gatilho para a compulsão, por isso é tão difícil manter uma dieta cheia de proibições. Além disso, retirar do seu hábito alimentar alimentos que a pessoa gosta, torna a dieta algo punitivo, sofrido. Por isso, o ideal é fazer uma reeducação alimentar, aprendendo como seus alimentos preferidos podem ser inseridos no seu dia-a-dia.

Para superar a barreira da mudança de hábitos foi criado o Rafcal - Programa de Reeducação Afeto-cognitivo do Comportamento Alimentar -, que existe há aproximadamente dez anos e trabalha de forma clara e objetiva com a modificação de pensamentos e comportamentos em relação à comida e como a comida influencia e é influenciada por diversas áreas da vida, como trabalho, relacionamento, finanças e lazer.

Durante o programa são conhecidos os motivos que atrapalham o processo de emagrecimento, sendo essa tomada de consciência da situação atual a base para o desenvolvimento de comportamentos e pensamentos magros adequados à realidade da pessoa. O trabalho se dá em parceria com outros profissionais da saúde (como nutricionista, endocrinologista, nutrólogo), visando promover o melhor suporte para o emagrecimento.

O Programa Rafcal faz com que o próprio paciente se torne autor de seu emagrecimento, aprendendo a se responsabilizar por todo o processo. Ao utilizar o programa, a pessoa aprende a ter um comportamento magro não mais utilizando a comida para compensar sentimentos bons ou ruins. Isso faz com que ela viva de uma maneira mais feliz e equilibrada.

Postado por: Claudia Moraes

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