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Saúde

Entenda porque as mães brasileiras não saem do hospital tão rápido quanto Kate Middleton

Princesa real Kate Middleton deu à luz a uma menina no sábado e saiu 10 horas depois do parto. Pediatra esclarece as diferenças daqui do Brasil.

Fonte: Guiame, com informações de Folha de São PauloAtualizado: segunda-feira, 4 de maio de 2015 às 11:49
Kate Middleton
Kate Middleton

Nasceu de parto normal no último sábado (2), o segundo filho da duquesa Kate Middleton com o príncipe William. O fato deixou as mães brasileiras surpresas pela rápida alta médica de Kate após dar à luz a uma menina. Ela deu entrada no hospital às 6h (horário local) deste sábado, teve o bebê às 8h34 e dez horas depois foi para casa.

Ao contrário do que acontece no Brasil, Kate passaria ao menos 48 horas no hospital. Esse é o prazo definido pela portaria 1.016, de 1993, que dispõe também sobre o alojamento conjunto de mãe e filho na maternidade.

“As altas não deverão ser dadas antes de 48 horas, considerando o alto teor educativo inerente ao sistema de ‘Alojamento conjunto’ e, ser este período importante na detecção de patologias neonatais”, diz a portaria.

As maternidades brasileiras costumam dar alta para as mães que tiveram parto normal em 48 horas. Para as que fizeram cesárea, a alta costuma sair em 72 horas.

Segundo a pediatra, epidemiologista e coordenadora da Comissão Perinatal e do Movimento BH Pelo Parto Normal, Sônia Lansky, não existe nenhuma evidência cientifica indicando que esses são os prazos adequados de internação depois do parto. “Hospital não é ambiente para bebê saudável e para mãe saudável”, diz Sônia. “Nossa portaria é antiga e muito rígida.”

Segundo ela, essa rigidez acaba causando problemas, como a falta de vagas de maternidades e hospitais. “Aquele bebê saudável, que já poderia ter ido para casa, fica ocupando uma vaga por 48 horas.”

O que parece é que o atendimento das mães inglesas se encerram naquelas poucas horas do hospital. Sônia diz que lá a continuidade do atendimento é feito em casa por uma enfermeira obstetriz. Essa profissional vai até a casa da mulher e verifica as condições gerais da mãe e da criança, o sangramento vaginal e a evolução da amamentação.

Na avaliação de Sônia, há condições para adoção de um sistema semelhante no Brasil. O custo do atendimento domiciliar seria compensado pela redução dos gastos com internações desnecessárias.

Segundo ela, há um grupo dentro do Ministério da Saúde estudando a modificação do prazo de internação. “Esse tempo não seria o mesmo para todas as mulheres. Uma mãe adolescente, cheia de dúvidas, precisa ficar mais tempo no hospital. Já uma mãe de três filhos, que sabe bem como amamentar, ela mesmo quer ir logo para casa.”

Entre as ideias em análise está a redução do prazo mínimo, para parto normal, para 24 horas, após a realização do teste de oxiometria de pulso _conhecido como teste do coraçãozinho.

Vale lembrar que esses prazos mínimos de internação são válidos apenas para mulheres sem complicações médicas no pós-parto.

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