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Saúde

Intestino preso não é hereditário, mas depende do hábito familiar, diz médica

Intestino preso não é hereditário, mas depende do hábito familiar, diz médica

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:51

A gastroenterologista e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Luciana Lobato respondeu às perguntas sobre intestino preso depois do Bem Estar desta quinta-feira (17). Ela disse que o problema não é hereditário, mas depende do ambiente natural, da comida que é ingerida e dos hábitos de cada família.

De acordo com a médica, intestino preguiçoso não atrapalha o emagrecimento, não engorda nem aumenta a barriga - exceto por inchaço. Ela também explicou que as idas ao banheiro costumam diminuir logo após uma cirurgia, porque o jejum, o repouso, a comida do hospital, a ingestão de menos líquido e a intervenção em si podem dificultar esse processo. Passado o período de recuperação, a pessoa volta para casa, recupera os hábitos e a regularidade com que faz cocô.

Luciana revelou, ainda, que intestino preso pode causar fissuras e feridas no ânus, em caso de fezes muito grossas, ou até hemorridas, se a força for grande demais. Não ir ao banheiro com frequência, porém, não provoca câncer de intestino, mas pode ser consequência de um. Essa doença costuma ocorrer em pessoas com mais idade, que estão emagrecendo ou evacuam sangue.

Intestino preguiçoso também não causa espinhas, afirmou a especialista. Na verdade, é uma alimentação à base de comidas gordurosas e fast-food que pode desencadear a acne. Durante a adolescência, problemas hormonais costumam prejudicar a regulação do intestino.

Os exercícios indicados para quem tem esse problema são os aeróbicos, como caminhada, natação ou hidroginástica. Musculação não apresenta efeito nesse sentido. Já o abdominal ajuda na contenção da barriga, deixa a musculatura mais tensa e mantém o intestino bem posicionado.

Além disso, a médica destacou que a desregulação do intestino na gravidez é comum. Segundo ela, 26% das mulheres têm essa manifestação ao longo dos nove meses, algo que está associado à progesterona, um hormônio da gestação que relaxa a musculatura do intestino. Quem faz reposição de ferro nesse período também pode sofrer. Por isso, Luciana recomendou o consumo de água e fibras e a prática de caminhadas. Remédios laxativos na gravidez, só com prescrição médica.

A gastroenterologista esclareceu também que fazer cocô com mais frequência na fase menstrual é normal, pois é algo fisiológico decorrente de mudanças hormonais. Já comer muito rápido faz mal não só ao intestino, mas a todo o aparelho digestivo. Ao fazer isso, a pessoa engole pedaços muito grande de alimentos e muito gás, o que faz com que a barriga cresça, ocorram gases e distensão abdominal.

Por fim, Luciana disse que os iogurtes que prometem melhorar o funcionamento do intestino realmente recuperam e estimulam a flora intestinal. Na opinião dela, vale a pena inserir esse item na dieta, mas não isoladamente: é importante consumir também produtos à base de fibras. A médica concluiu afirmando que 90% dos brasileiros com prisão de ventre enfrentam o problema por má alimentação, sedentarismo e hábitos de vida inadequados. Os 10% restantes devem procurar um profissional.

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