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Laboratórios privados vão oferecer vacina contra H1N1 a partir deste mês

Laboratórios privados vão oferecer vacina contra H1N1 a partir deste mês

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:27

No title A partir da segunda quinzena de fevereiro, laboratórios particulares em São Paulo (SP), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e Ceará disponibilizarão a vacina contra a gripe suína, composta por cepas do vírus H1N1 pandêmico e outros dois tipos que circulam no hemisfério sul, um “A” e um “B”. A procura pelo serviço pago pode ser uma alternativa de imunização para pessoas que não fazem parte de nenhum dos grupos que serão vacinados no Brasil a partir de 8 de março gratuitamente (veja as datas abaixo). A prioridade na aplicação de vacinas será para trabalhadores da área de saúde, indígenas, pessoas com doenças crônicas, gestantes, crianças entre seis meses e dois anos, adultos de 20 a 29 anos e maiores de 60 anos.

A previsão de oferecer vacinas contra o H1N1 e outros dois tipos que circulam no hemisfério Sul em clínicas particulares poderá garantir prevenção adequada a todas as faixas etárias, de crianças menores de 5 anos a idosos, incluindo grupos que estavam de fora do cronograma de vacinação do governo – crianças de 3 a 19 anos e adultos de 30 a 59 anos. A dose poderá custar de R$ 50 a R$ 60.

Para quem não pretende pagar para se vacinar, esperar pela disponibilidade do serviço público após 7 de maio, quando termina o período de vacinação dos grupos prioritários, pode ser uma opção. Segundo o infectologista Celso Granato, assessor médico para doenças infecciosas do laboratório Fleury Medicina e Saúde, que vacinará grupos prioritários e poderá imunizar os não previstos no programa, quanto mais pessoas se vacinarem, menor será a circulação do vírus, diminuindo a probabilidade de contágio.

- Se um número razoável de pessoas for vacinada, haverá interferência na circulação do vírus na comunidade. Então, mesmo que não se vacine todo mundo, as pessoas que não receberem a vacina vão se beneficiar pela imunização de outras pessoas que estarão menos suscetíveis [à infecção do vírus].

O Ministério da Saúde pretende vacinar cerca de 81 milhões de pessoas contra a gripe suína no primeiro semestre de 2010 com o objetivo de impedir uma pandemia de H1N1 no próximo inverno do hemisfério sul.

O governo reservou R$ 1 bilhão para comprar doses de três diferentes fornecedores (Instituto Butantan, Laboratório Glaxo Smith Kline e Fundo Rotatório de Vacinas da Organização Pan Americana de Saúde). Do total de 83 milhões de doses da vacina que chegaram ao país, 33 milhões foram compradas do Instituto Butantan.

Vacinação paga

Em discurso no último dia 26 de janeiro, dia da divulgação do cronograma de vacinação, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, autorizou a comercialização de vacinas contra H1N1 por clínicas privadas no país, desde que priorizem os grupos de risco. No entanto, segundo o diretor da Associação Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, não há confirmação se as farmacêuticas produtoras fecharão contratos de venda com muitos laboratórios de exames clínicos pelo país, o que não garante grande oferta de vacinas para as pessoas em geral.

- Há um problema mundial de abastecimento [de vacinas contra H1N1]. No Brasil, já chegou uma grande quantidade para uso público e há licença para a venda, mas depende dos laboratórios quererem ou não trazer as vacinas.

Os laboratórios que poderão vender vacinas contra a gripe suína no Brasil são o Delboni Auriemo e Lavoisier, em São Paulo (SP), o Frischmann Aisengart Medicina Diagnóstica, em Curitiba (PR), o Lâmina Medicina Diagnóstica, no Rio de Janeiro (RJ), e o Lab Pasteur, no Ceará.

O Fleury Medicina e Saúde, de São Paulo, também já está em negociação com as farmacêuticas Sanofi Pasteur e GSK (Glaxo Smith Kline), produtoras das vacinas autorizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para começar a vacinação contra o H1N1 no início de março. Segundo Celso Granato, o foco da negociação é conseguir um número de doses suficiente para disponibilizar o serviço.

- Temos a intenção [de vacinar contra o H1N1] e estamos em contato com os produtores de vacina. Mas a informação é de que a prioridade é para o estoque do governo.

Veja as datas de vacinação

De 8 a 19 de março: todos os trabalhadores de saúde do setor público e privado, área de limpeza, recepcionistas, motoristas de ambulância e toda a população indígena.

De 22 de março a 2 de abril: população com doenças crônicas (diabetes, doenças renais, hepáticas, respiratórias e obesidade), exceto os idosos, crianças entre 6 meses e dois anos.

De 22 de março a 21 de maio: gestantes.

De 5 a 23 de abril: adultos de 20 a 29 anos.

De 24 de abril a 7 de maio: maiores de 60 anos.

Como evitar a gripe suína

Embora o nome remeta aos suínos, não há evidências de que esse novo subtipo de vírus tenha acometido porcos. Por isso, ninguém precisa deixar de comer carne de porco ou outros produtos de origem suína. As pessoas saudáveis devem evitar o contato com secreções respiratórias e tocar olhos, nariz e boca. Além disso, os médicos recomendam que a população não coloque as mãos em lugares de contato comum, como corrimões e maçanetas em lugares de aglomeração. O Ministério da Saúde ainda recomenda:

• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.

• Evitar locais com aglomeração de pessoas.

• Evitar o contato direto com pessoas doentes.

• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.

• Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes às áreas afetadas.

• Não usar medicamentos sem orientação médica.

Principais sintomas da gripe A

Os sintomas da gripe suína são muito parecidos com os da gripe comum. Mas, em geral, eles são mais fortes e mais difíceis de serem controlados. Fique atento se tiver febre acima de 38ºC, tosse, dores nas articulações, de garganta e de cabeça, prostração, dificuldade respiratória e vômitos. Evite tomar remédios por conta própria e procure um médico, de preferência, nas primeiras 48 horas do surgimento dos sintomas.

O Ministério da Saúde pretende vacinar cerca de 81 milhões de pessoas contra a gripe suína no primeiro semestre de 2010 com o objetivo de impedir uma pandemia de H1N1 no próximo inverno do hemisfério sul.

O governo reservou R$ 1 bilhão para comprar doses de três diferentes fornecedores (Instituto Butantan, Laboratório Glaxo Smith Kline e Fundo Rotatório de Vacinas da Organização Pan Americana de Saúde). Do total de 83 milhões de doses da vacina que chegaram ao país, 33 milhões foram compradas do Instituto Butantan.

Por Camila Neumam

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