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Saúde

Menstruação atrasada nem sempre é gravidez

Menstruação atrasada nem sempre é gravidez

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:00

Um mês passou, a mulher esperou e a menstruação não veio. A primeira suspeita é que o quadro indica uma gravidez (desejada ou não), mas os médicos especializados alertam: alterações no ciclo menstrual podem revelar situações do universo feminino que vão além da gestação.

Se o exame para confirmar se a mulher está grávida der negativo, um leque de possibilidades é aberto para explicar a falta do sangramento no mês. “A irregularidade na menstruação tem como tradução uma desarmonia do corpo da mulher”, define Luiz Flávio Cordeiro Fernandes, membro da Sociedade Brasileira de Endometriose e ginecologista colaborador do Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo ele, os resultados são mais precisos após três ciclos ausentes.

O descompasso orgânico que resulta em uma ausência temporária de menstruação (chamada de amenorreia) pode ter a origem em uma situação de estresse – pessoal ou profissional – mudanças significativas nos ponteiros da balança (para mais ou para menos) ou ainda funcionamento irregular dos hormônios.

“O funcionamento da tireóide, nestes casos, precisa ser investigado pois os hormônios produzidos por ela tem influência direta no ciclo menstrual”, afirma Vera Fonseca, presidente da Sociedade de Ginecologia do Rio de Janeiro. “Outra hipótese é que a mulher esteja com um hormônio chamado prolactina alterado. Este desajuste na dosagem pode vir acompanhado de sintoma nenhum, mas em algumas pacientes há presença também de dor de cabeça e produção de secreção leitosa no mamilo.”

Influência externa

O médico Luiz Flávio acrescenta que a falta de menstruação pode ser acarretada por fatores externos. Exercícios físicos feitos de forma exagerada podem resultar em amenorreia. Junto com a ausência de menstruação, os especialistas dizem que o mau humor é outro sintoma da overdose de treinos.

Além da malhação desmedida, a presidente da Sociedade de Ginecologia do Rio de Janeiro diz que alguns medicamentos, “em especial os tranqüilizantes e os ansiolíticos, podem aumentar o nível de prolactina e consequentemente implicar na ausência de menstruação por alguns meses.”

Mudança de fase

Mas nem só problemas físicos e emocionais explicam as alterações no ciclo menstrual da mulher. O relógio biológico que tanto interfere na fertilidade também tem efeitos na menstruação.

Na adolescência, é mais comum ter inconstâncias no calendário menstrual, assim como alterações no fluxo (às vezes mais, às vezes menos). Na fase adulta, a escolha do anticoncepcional errado também pode interferir na menstruação, provocando os chamados escapes fora de hora. Outro cuidado é que as pílulas podem interferir até mesmo na libido, como mostrou pesquisa feita pela Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Em enquete nacional, a entidade identificou que 16% das usuárias acreditavam que o uso do medicamento atrapalhava o prazer.

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