Uma pesquisa apresentada este mês no Congresso Brasileiro de Cardiologia tirou o rótulo vilã do coração da carne vermelha. Segundo os dados apresentados, ela pode ser inofensiva desde que preparada com alguns cuidados.
O estudo, conduzido pelo médico Iran Castro, acompanhou por cinco semanas dois grupos de 70 voluntários cada. Um deles consumiu, durante todo o período, 125 gramas de carne vermelha sem gordura por dia .
A outra turma riscou o alimento do cardápio. Entre os carnívoros, após o tempo de análise, não houve registro de aumento de pressão arterial e das taxas de colesterol ruim (LDL). Mas é importante salientar que o estudo foi feito com carnes magras, afirma Castro.
Para que não haja interferência nos fatores de risco para problemas cardiovasculares, é preciso retirar a gordura visível do bife e também as tirinhas brancas do alimento. Estes resultados não seriam alcançado com os hambúrgueres processados, ricos em gordura e sódio, e nem com a costela, totalmente gordurosa. Segundo Castro, continuam vetados e com o título de perigosos, os embutidos, como salsichas, lingüiças e mortadelas, por exemplo.
Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde mostrou que quanto mais jovem a pessoa, maior o consumo de carne vermelha gordurosa. Em enquete aplicada a 51 mil pessoas foi constatado que, na faixa etária entre 18 e 24 anos, 52,2% consomem diariamente este tipo de comida, índice que cai para 28,2% entre os maiores de 60 anos, mas ainda considerado alto pelos especialistas.
Os médicos lembram que preparada com cautela a carne vermelha é excelente fonte de proteína, de ômega-3, vitamina B12, niacina, de zinco e ferro necessários ao organismo e nutrientes que estão em baixa na população brasileira, como mostrou pesquisa recente do IBGE.
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