MENU

Saúde

Pesquisa aponta que advertências nos maços de cigarro dão bons resultados

Pesquisa aponta que advertências nos maços de cigarro dão bons resultados

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) tem divulgado dados preliminares de uma pesquisa que visa medir o impacto das advertências sanitárias nos maços de cigarro, aquelas imagens de pessoas com doenças graves ou sofrendo outras consequências do vício. O levantamento, que começou no mês de abril no Brasil, integra o International Tobacco Control Policy Evaluation Project (ITC Project), pesquisa internacional sobre políticas de controle do tabaco. Os dados permitirão mensurar de forma contínua o comportamento da população em relação às ações de controle do tabaco e possibilitará a comparação com experiências internacionais de outros 20 países.

Segundo os pesquisadores, "quase metade (48,2%) dos fumantes disseram que as advertências nos maços de cigarros fazem com que fiquem mais propensos a deixar de fumar. As imagens e frases impressas impediram que 39,1% dos fumantes pegassem um cigarro quando eles estavam prestes a fumar, nos últimos 30 dias. E 61,6% dos fumantes (e 83.2% dos não-fumantes) disseram que as advertências os fizeram pensar, um pouco ou muito, sobre os riscos à saúde provocados pelo tabagismo".

A aversão às imagens não faz o fumante evitar apenas olhar para o maço, mas também pensar sobre os riscos envolvidos e evitar o próprio cigarro. Dos fumantes entrevistados, 84,9% disseram ficar muito ou extremamente preocupados quando veem as advertências. Dos 17 países em que a pesquisa já foi aplicada, o Brasil aparece em segundo lugar na questão de fumantes com intenção de parar de fumar - 80% dos ouvidos querem deixar cigarro.

A pesquisa está sendo realizada em três capitais - Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre - com um universo de 1.800 pessoas, fumantes e não-fumantes, que serão acompanhadas por no mínimo três anos. A cada mudança na política de controle do tabaco no país, as mesmas pessoas serão entrevistadas, o que permitirá a comparação temporal dos dados. A primeira etapa da pesquisa brasileira será concluída ainda no primeiro semestre deste ano. Para o início de 2010, está previsto o início da segunda fase, que vai avaliar o impacto das novas imagens de advertência, que começaram a ser veiculadas este mês.

No Brasil, a pesquisa está sendo realizada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e pela Universidade de Waterloo, do Canadá, sob a coordenação do professor Geoffrey Fong. O estudo é financiado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) e conta com o apoio da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) e do Laboratório de Neurobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Os dados apresentados no último diA 27 de maio são parciais. Até agora, foram entrevistados 345 moradores do Rio (140 fumantes e 205 não-fumantes), 160 de São Paulo (71 e 89 não-fumantes) e 212 em Porto Alegre (110 fumantes e 102 não-fumantes).

91,8% dos fumantes ouvidos disseram que se pudessem voltar atrás, não teriam começado a fumar (61.0% concordaram fortemente + 30.8% concordaram). 50% dos fumantes e 28% dos não-fumantes reparam nas imagens de advertência dos maços frequentemente ou muito frequentemente. 32,7% dos fumantes leram ou olharam atentamente para as advertências dos rótulos frequentemente ou muito frequentemente. 43.8% dos fumantes fizeram esforço para evitar olhar ou pensar sobre as advertências. A despeito da quantidade considerável de informação acerca dos danos de fumar que apareceram nas embalagens dos cigarros brasileiros, 56.8% dos fumantes acham que os maços deveriam ter ainda mais informações de saúde do que possuem agora. Apenas 1,9% quer menos informação (entre não fumantes, 70.5% quer mais informação e apenas 1,3% quer menos). Postado por: Felipe Pinheiro

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições