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Saúde

Segundo estudo, anticoncepcionais injetáveis aumentam risco de aids

O método Depo-Provera injetável tem risco maior de contamina-se com vírus HIV. Estudo se baseou em 12 estudos feitos na África Subsaariana.

Fonte: Guiame, com informações de: TerraAtualizado: sexta-feira, 9 de janeiro de 2015 às 15:54
Depo-Provera
Depo-Provera

Um estudo publicado na revista médica, The Lancet, revelou que o método anticoncepcional hormonal injetável que previne a gravidez durante três meses, Depo-Provera, êm mais risco de se contaminarem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV).

O estudo se baseou em 12 estudos realizados na África Subsaaariana que tiveram a participação de mais de 39.500 mulheres que utilizavam anticoncepcionais injetáveis.

A pesquisa sugere que o uso deste tipo de anticoncepcional aumenta em 40% a possibilidade de contrair o vírus em comparação com as mulheres que utilizam outros métodos anticoncepcionais ou nenhum método.

"Embora estatisticamente este número seja significativo, este valor representa somente um aumento moderado no risco relativo", afirmaram os autores, que garantiram que "esta análise não oferece uma conclusão absoluta porque nenhum dos 12 estudos individuais o fez".

O risco é considerado menor entre as mulheres da população geral (se reduz para 31%) do que entre as que já correm alto risco de contrair o HIV, como as prostitutas.

Apesar dessa conclusão, o número limitado de estudos que existem sobre mulheres de alto risco ainda deixa muitas incógnitas para este subgrupo. "A elevação moderada do risco observado no estudo não é suficiente para justificar uma retirada completa do Depro-Provera na população geral", advertiu Lauren Ralph, autor principal da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos.

"Proibir este método significaria deixar sem alternativas muitas mulheres que não têm acesso imediato a outras opções anticoncepcionais eficazes", justificou Ralph.

Segundo o autor do estudo, "esta medida poderia causar mais gravidezes indesejadas, e como o parto continua pondo em perigo a vida de muitas mulheres em países em vias de desenvolvimento, poderia aumentar a mortalidade delas".

Os cientistas destacaram a importância de encontrar "com urgência" a evidência clara da relação entre os anticoncepcionais hormonais injetáveis e o risco do vírus do HIV nas mulheres de alto risco.

 

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