Unifesp procura voluntários para testar nova vacina contra gripe suína

A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) está cadastrando 250 voluntários para um estudo que tem como objetivo desenvolver uma nova vacina contra o vírus H1N1, o mesmo da gripe A, mais conhecida como suína.

Coordenado pelo Nupeq (Núcleo de Pesquisas em Geriatria Clínica e Prevenção), há previsão desta vacina ter maior potencial de proteção, por ser produzida com adjuvantes (substâncias produzidas para aumentar a imunidade). Podem participar do estudo pessoas com idades entre 18 e 70 anos, com histórico de doenças cardíacas, pulmonares ou diabetes, ou sem histórico de doenças crônicas, e que ainda não tenham tomado a vacina contra a gripe A ou nenhuma outra nos últimos 21 dias.

De acordo com o coordenador do estudo, o geriatra João Toniolo, os voluntários serão acompanhados por uma equipe médica durante 16 meses para comparar os níveis de imunidade deles com pessoas que tomaram a versão simples da vacina, isto é, sem o adjuvante. A primeiro versão da vacina é mais simplificada, afirma Toniolo, pois foi produzida em poucos meses, sem haver tempo de testá-las com os aditivos. Mas, mesmo assim, tem alto poder de proteção conta o vírus.

- Nenhuma vacina protege 100%, consegue no máximo 70% a 80%. Mas quando você utiliza o adjuvante, ele ajuda a produzir mais anticorpos, os defensores do organismo, que melhoram o sistema imune. Se você tiver doenças como diabetes e Aids, todas que comprometem a imunidade, você consegue fazer com que eles tenham vida normal e maior imunidade contra o H1N1.

Ainda segundo o médico, a vacina não apresenta contraindicações, apenas recomenda-se a quem tiver alergia a proteína do ovo a evitá-la, da mesma forma como a vacina simples.

Os voluntários passarão por uma consulta e poderão receber a vacina gratuitamente, sem nenhum custo. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (11) 5579-0400 (Falar com Fabíola ou Fernanda) ou pelo e-mail [email protected]. As inscrições podem ser feitas até o final de julho.

Por: Camila Neumam