A vida atualmente está cada vez mais agitada. E barulhenta. Pessoas com boa saúde, mesmo sem saber, podem estar sendo vítimas dos males causados pelo barulho do dia a dia, uma vez que enfrentamos altos ruídos em toda a parte, seja no trânsito, em boates, ao usar fones de ouvido para ouvir música, em algumas atividades profissionais e até mesmo dentro de casa, ao utilizar o secador de cabelos, o liquidificador, o aspirador de pó, ou simplesmente assistir TV ou ligar aparelhos de som em alto volume.
A exposição contínua a sons acima de 85 decibéis sem nenhuma proteção auditiva pode causar, ao longo dos anos, perda de audição irreversível, de acordo com a predisposição de cada indivíduo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Otologia, 30% a 35% das perdas de audição são consequência da exposição a ruídos diários.
E não são só aqueles que trabalham expostos a barulhos - como DJs, barmans, produtores musicais, operadores de áudio em emissoras de rádio, funcionários que atuam em pistas de aeroportos ou em segmentos industriais - que devem fazer uso dos protetores de ouvido. Quando se vai à boates, micaretas ou atrás de trios elétricos, no carnaval, e até mesmo à academia de ginástica, usar protetor de ouvido é uma importante medida de prevenção para evitar a perda precoce da audição.
Os protetores de ouvido são leves e protegem sua capacidade auditiva em até 10 anos. Engana-se aquele que pensa que, ao usar o protetor, deixará de ouvir o som à sua volta. "Os protetores apenas reduzem o volume excessivo, mas quem os usa não deixa de ouvir o som ambiente", explica a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas. Os protetores da Telex, por exemplo, são moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa, e diminuem o barulho de 15 a 25 decibéis, de acordo com o desejo do usuário.
Segundo especialistas, muitas pessoas já experimentam algum grau de perda da audição a partir dos 40 anos, por causa da exposição contínua a ruídos e pelo envelhecimento natural do corpo. O processo é diferente em cada um, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária tem um grau de perda auditiva. Depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, é bom prevenir-se desde cedo para manter a audição por um tempo mais prolongado.
Para quem já sente dificuldades de ouvir, o melhor é procurar um médico otorrinolaringologista. Em grande parte dos casos, usar aparelhos auditivos é uma das soluções. “O uso diário do aparelho é essencial para que o indivíduo resgate sua autoestima e mantenha-se conectado com as pessoas ao redor. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já está grave. Não se engane. A perda de audição se dá de maneira lenta e progressiva e é irreversível”, conclui Isabela Carvalho.
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