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Veja o que comer e beber quando está com diarreia

Veja o que comer e beber quando está com diarreia

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:27

No title Se você fez parte das estatísticas das pessoas acometidas por diarreia nas últimas semanas, principalmente no litoral de São Paulo, saiba que o perigo ainda ronda. E, com a chegada de mais um feriado e dias de folia, é bom se prevenir. Água e alimentos contaminados são os grandes vilões das viroses em geral. Entre os resultados está a diarreia, que abre espaço à desidratação. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, a cada ano, mais de 2 milhões de pessoas morram por doenças diarreicas. Portanto, é importante ficar atento.

Mas quando o problema se manifesta, você sabe o que beber, o que comer e o que fazer? As principais dúvidas são como evitar a desidratação e o que precisa entrar e sair do cardápio. De acordo com o Ministério da Saúde, em casos de diarreia aguda, deve-se apostar no sal de reidratação oral, disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, ou outras soluções de reidratação oral. As bebidas esportivas devem ficar de fora do tratamento, porque não compensam corretamente as perdas de fluidos corporais e de sais minerais.

O especialista em nutrologia Cristiano Merheb ressaltou a importância de reforçar a ingestão de água e fazer refeições leves e frequentes, com o mínimo possível de gorduras e óleos. Dê preferência a frutas como maçã, banana, goiaba e caju, que são ricas em elementos que ajudam a interromper o problema. "Se a diarreia vem acompanhada de febre, a pessoa deve procurar assistência médica, pois pode haver a necessidade de controle com antibióticos além dos cuidados alimentares".

Como é preferível evitar o problema, uma dica de Merheb é esquecer excessos de carboidratos concentrados (doces e refrigerantes, por exemplo), porque podem causar gases e cólicas, além de diarreia.

Alimentação

Os surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTA) são uma das possíveis causas de diarreia e ainda apresentam uma lista de outros sintomas: falta de apetite, náuseas, vômitos, dores abdominais e febre. Há um registro médio de 665 surtos por ano no Brasil, com 13 mil doentes, causados pela ingestão de comidas ou bebidas contaminadas. Os principais produtos vilões, segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde, são ovos crus e mal cozidos (22,8%), carnes vermelhas (11,7), sobremesas (10,9%), água (8,8%), leite e derivados (7,1%).

Existem mais de 250 tipos de DTAs e a maioria é ocasionada por bactérias e suas toxinas, vírus e parasitas. As condições que favorecem a contaminação são erros de higiene pessoal, preparo com muita antecedência das iguarias e refrigeração inadequada. Confira abaixo recomendações simples do Ministério da Saúde que ajudam na prevenção:

1) Lave as mãos antes, durante e após o preparo dos alimentos;

2) Assegure-se de que a comida servida esteja bem cozida e quente (aproximadamente 60ºC);

3) Selecione alimentos frescos com boa aparência. Antes do consumo dos crus (como frutas, verduras e legumes), desinfete-os, mergulhando-os por 30 minutos em uma solução preparada com uma colher de sopa de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água tratada;

4) Prefira frutas e verduras que podem ser descascadas;

5) Limpe bem os utensílios utilizados no preparo das refeições;

6) Comidas prontas que serão degustadas posteriormente devem ser armazenadas sob refrigeração (abaixo de 5°C) e aquecidas no momento de saboreá-las (o centro do produto tem de estar a 72°C);

7) Não coma iguarias que tenham permanecido em temperatura ambiente por mais de quatro horas, o que representa um dos maiores riscos de DTA;

8) Compre alimentos seguros, verificando prazo de validade, acondicionamento e suas condições físicas (aparência, consistência, odor). Não adquira os que estiverem sem etiqueta de identificação do produtor;

9) Pescados e mariscos podem estar contaminados com toxinas que permanecem ativas mesmo com um bom cozimento. Solicite orientação aos moradores do lugar onde está passando férias ou o feriado para indicar os melhores locais;

10) Ingira leite pasteurizado, esterilizado (UHT) ou fervido. Não beba leite nem seus derivados crus;

11) Evite pratos que contêm ovos crus (gemada, ovo frito mole, maionese caseira) e outros produtos crus ou mal cozidos/assados (saladas, carnes). Esqueça os sorvetes de procedência duvidosa;

12) Impeça o contato entre comidas cruas e cozidas;

13) Resista à tentação de comprar produtos oferecidos por ambulantes;

14) Mantenha os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais;

15) Não nade em rios, lagos, praias e piscinas com água contaminada;

16) Água e gelo devem ter procedência conhecida;

17) Quando estiver em dúvida sobre a potabilidade da água, ferva ou trate-a com hipoclorito de sódio a 2,5% (não pode ter alvejante na composição). Basta colocar duas gotas em um litro de água e aguardar 30 minutos para beber.

Hidratação

Cuidados com a hidratação são fundamentais a todos, principalmente na estação mais quente, e não só a quem está com diarreia. Isso porque a desidratação pode trazer prejuízos graves, como fraqueza e taquicardia, e até levar à morte.

A melhor maneira de se cuidar é ingerir água. "Em geral, a recomendação fica em torno de dois litros de líquido por dia. Em medidas caseiras, seria o equivalente a oito copos. Quatro deles devem ser de água e o restante de outros líquidos", afirmou a nutricionista Alessandra Paula Nunes, professora do curso de nutrição do Centro Universitário São Camilo, de São Paulo. Sucos, água de coco, chás claros e leite são boas pedidas.

O cardápio do precavido deve conter frutas, legumes e verduras, já que apresentam alto teor de água na composição. Em média, são recomendadas de três a cinco porções diárias de frutas e vegetais. Vale ressaltar que nem todos os líquidos colaboram com a hidratação. Alguns têm efeito diurético. É o caso de bebidas alcoólicas, café, chá-mate e refrigerantes.

Por Patricia Zwipp

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