Gasto de estrangeiros no Brasil até julho já supera todo o ano de 2004

Gasto de estrangeiros no Brasil até julho já supera todo o ano de 2004

Nos sete primeiros meses de 2008, a entrada de divisas através do turismo internacional já é maior do que o arrecadado em todo o ano de 2004 - foram U$ 3,367 bilhões, contra U$ 3,222 bilhões naquele ano

Os números divulgados ontem, dia 21 de agosto, pelo Banco Central, demonstram que US$ 468 milhões ingressaram na economia do país em julho por meio do gasto de turistas estrangeiros. O valor é 17,5% superior aos US$ 398 milhões registrados no mesmo mês do ano passado. O resultado é recorde para o mês de julho.

A receita acumulada este ano , de janeiro a julho, é de US$ 3,367 bilhões - desempenho 18,8% maior que o mesmo período de 2007 (US$ 2, 834 bilhões) - e já supera o que foi gasto por estrangeiros durante todo o ano de 2004 (U$ 3,222 bilhões).

"Este resultado é extremamente positivo, pois a entrada de divisas é o principal indicador e meta que perseguimos no turismo internacional. Pelas características do nosso país, trabalhamos para que os turistas fiquem mais tempo, visitem mais cidades e gastem mais. Assim, alcançamos nosso objetivo fundamental, que é gerar emprego e renda, e contribuir para diminuição das desigualdades", comemora Luiz Barretto, ministro do Turismo.

Os gastos de turistas estrangeiros dinamizam vários setores, como hotéis, restaurantes, bares, agências de viagens e comércio em geral - contribuindo para a geração de empregos e qualificação dos serviços prestados.

"A entrada de divisas com gastos de estrangeiros é fundamental para colocar o País entre as maiores economias de turismo do mundo. Já somos, em 2008, o 14º país no ranking mundial, de acordo com estudo do Conselho Mundial de Viagem e Turismo", declara Jeanine Pires, presidente da Embratur.

Em 2007 o Brasil chegou a US$ 4,953 bilhões em entrada de divisas por meio do turismo. A expectativa da Embratur é de que o resultado consolidado de 2008 chegue a US$ 5,5 bilhões.

O cálculo do BC inclui trocas cambiais oficiais e gastos em cartões de crédito internacional.