Maputo, a capital de Moçambique, de olhos no turismo

Maputo, a capital de Moçambique, de olhos no turismo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:45

A capital moçambicana, que um dia atendera pelo nome de Lourenço Marques, parece ainda em construção. Não só pelas ruas em péssimo estado de conservação e os prédios decadentes da época em que o país flertou com o socialismo, mas também por toda uma nação que ainda tenta reerguer-se depois de um passado trágico marcado por uma guerra civil, enchentes e terremotos.

A infraestrutura turística desse jovem país que acabou de conquistar a independência, em 1975, ainda é falha e pouca convidativa, mas os habitantes locais e o entorno natural fazem de tudo para receberem (e muito bem, diga-se de passagem) os viajantes que começam a chegar nesse território africano que há apenas uma década conseguiu voltar a atenção para o setor do turismo.

O resultado é uma cidade inexplorada, turisticamente, e uma população que ainda não carrega consigo a malícia dos destinos turísticos mais experientes do planeta. Definitivamente, é um prato cheio para aventureiros mais viajados que buscam rotas alternativas em terras ainda pouco visitadas pelo turismo massivo.

Museus simples e discretos recontam a trajetória de povos ancestrais que chegaram a Moçambique, a partir dos anos 200 d.C.; pequenos centros culturais expõem, orgulhosos, trabalhos de pau-preto feitos por artistas que começam a ganhar espaço para transformar suas discussões em arte; e alguns poucos (e belos) edifícios coloniais que desafiam o tempo, sem nenhuma restauração, desde a saída dos últimos colonizadores portugueses, no início da década de 70.

Diferente da vizinha África do Sul, que transformou a dor do apartheid em arte e atrativo turístico, Moçambique parece ainda não ter digerido bem seu fato histórico mais significativo, a guerra civil que, entre 1977 e 1992, isolou o país do resto do mundo e trouxe à população local duras consequências que são sentidas até hoje, como o desemprego.

Pouco se fala sobre o período da luta armada entre a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) e a Renamo (Resistência Nacional de Moçambique).

As atrações turísticas e uma parcela dos locais parecem mesmo ter memória voltada para o período em que o país era orientado pelos costumes europeus, sobretudo os trazidos de Portugal. Os pasteizinhos de Belém e as confeitarias típicas lisboetas do centro de Maputo não negam o passado luso.

A Casa de Ferro, construída pelo mesmo autor da francesa Torre Eiffel, construções de arquitetura portuguesa como o Jardim Botânico de Tunduru e o Museu de História Natural, a Sé Catedral e a estação ferroviária do início do século 20 são alguns dos atrativos divulgados e mais visitados na cidade.

Porém, é do outro lado da baía de Maputo que a cidade revela o que há de melhor na região: o arquipélago da Inhaca. Localizado a 34 km da capital moçambicana, em um voo de apenas 15 minutos, o destino é formado pela Inhaca, com 42 km², e pela ilha dos Portugueses, um pequeno território de 3,7 km².

Sua natureza delicada é protegida como reserva desde 1965 e abriga uma biodiversidade formada por densas florestas, em ambas as costas; savanas, no centro; e manguezais. A vida marinha conta com mais de 160 espécies de corais que podem ser vistos em praias como Ribzene e Ponta Torres, além de tartarugas e variadas espécies de peixe.

O clima relaxado de seus habitantes que circulam, sem pressa, pelas ruas rústicas de areia e pelas praias selvagens, donas de uma beleza típica da costa litorânea de Moçambique, fazem o visitante esquecer-se do clima alucinado da capital moçambicana que costuma recepcionar (e assustar) os recém-desembarcados.

Nada melhor do que assistir, isolado em alguma das praias desertas da Inhaca, o vai e vem lento dos pescadores artesanais que saem em pequenas embarcações de madeira, enquanto Maputo vai se reerguendo do lado de lá.

NO UOL

Folha Turismo

Na onda sul-africana, Moçambique deve investir US$ 2 bi em turismo

Ecoviagem

Visitando Moçambique

INFORMAÇÕES E SERVIÇO

Sites de Moçambique   -   www.presidencia.gov.mz /   www.portaldogoverno.gov.mz

Site do Ministério de Turismo   -   www.visitmozambique.net

Site de turismo do país   –   www.turismomocambique.co.mz

Informações Turísticas

Instituto Nacional de Turismo (Inatur)

Av. 25 de setembro, 1203 (3º andar)

Tel: 258 (21) 30-73-20

De seg. a sex.. das 7h30 às 15h30

DDI de Moçambique   - 258

Código de acesso de Maputo   - 21

Moeda   – Metical

Fuso horário   – 5 horas a mais com relação ao horário de Brasília.

Horário comercial   – O comércio funciona, geralmente, das 8h30 às 12h e das 15h às 17h30. Já os bancos estão abertos, de segunda a sexta, das 8h às 15h.

Clima   – Localizado na costa leste do sul do continente africano, Moçambique apresenta clima variado de acordo com a região. O sul, onde está Maputo, é marcado pelo clima tropical seco e tem verões que podem chegar a registrar sufocantes 45ºC.

O período de chuvas vai de outubro e abril, com temperaturas que variam de 27º a 29º, e a temporada seca, de maio a setembro, é marcada por dias mais frescos, com termômetros marcando entre 18º e 20º.

Gorjetas   – O serviço extra não está incluído nas contas em bares e restaurantes.

Documentos   – Para entrar no país é necessária a emissão prévia de visto emitido pela Embaixada de Moçambique, em Brasília. Para mais informações, acesse:   www.mozambique.org.br    

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições