O ministro do Turismo, Luiz Barretto, afirmou ontem, dia 23 de juho, que a queda do dólar, ocorrida nas últimas semanas, não prejudica o turismo doméstico no Brasil. Segundo ele, a cotação atual, de aproximadamente R$ 2, é um patamar razoável. "É compatível e acho que temos condições de manter o crescimento do turismo interno", disse.
Segundo Barretto, quando o dólar chegou a valer de R$ 2,30 a R$ 2,40, entre o final do ano passado e o início deste ano, o turismo doméstico sofreu um impulso. Isso porque, com o dólar em alta, as viagens internacionais ficam mais caras para os brasileiros e, assim, eles buscam mais destinos internos. "O dólar ajudou muito no final do ano passado e isso deu um crescimento de 20% [no turismo doméstico] nas férias de verão."
O ministro disse, no entanto, que ainda não é possível fazer previsões sobre o resultado do mercado de turismo brasileiro para o resto deste ano. "O mundo viveu uma crise muito forte. Por isso, se repetirmos o ano de 2008, já será uma grande vitória, porque foi um ano de grande crescimento."
Barretto ressaltou que o mercado brasileiro de turismo depende dos europeus e dos norte-americanos, cujos países foram fortemente afetados pela crise econômica mundial. "Por isso, estamos apostando muito no mercado doméstico e no mercado sul-americano", afirmou.
Para incentivar os brasileiros a viajar dentro do país, o Ministério do Turismo investiu em grandes campanhas, como aquelas voltadas para os feriados, para as festas juninas do Nordeste e para estimular viagens às regiões serranas do país. Outra grande aposta é o 4o. Salão de Turismo, no início de julho em São Paulo. Para atrair turistas sul-americanos, o ministro Luiz Barretto fez também viagens à Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Venezuela.
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