A importância da Doutrina da Eleição - Parte 2

No presente artigo, vamos tratar da eleição em Jesus Cristo.

Fonte: Guiame, Ediudson FontesAtualizado: terça-feira, 6 de setembro de 2022 às 16:39
(Foto: FreeBible)
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No artigo anterior, falamos da eleição da nação de Israel e o propósito de Deus. No presente artigo, vamos tratar da eleição em Jesus Cristo. Segundo o Dicionário Vine, a palavra eleição “é usado para designar: Cristo, o ‘escolhido’ de Deus, como o Messias” (VINE, 2014. Página 584). A Segunda Pessoa da Trindade foi escolhida na eternidade para morrer para humanidade (Apocalipse 13:7c). Após a queda do casal no Jardim do Éden, Deus já tinha a provisão do pecado da humanidade. Em Gênesis 3:15, é a primeira profecia messiânica proferida. O professor Titillo afirma que “a eleição de Jesus Cristo como o libertador da raça humana é fundamental para uma compreensão adequada da doutrina bíblica da salvação” (TITILLO, 2015. Página 25).  O Senhor Jesus Cristo é o tema central da Bíblia.

No Antigo Testamento, profecias messiânicas, o Tabernáculo e personagens que representavam um “tipo do Senhor Jesus” são ricos nas suas apresentações que apontavam para o futuro Messias. No Novo Testamento, as concretizações das profecias messiânicas e as tipologias no ministério de Jesus Cristo são detalhes que só reforçam a “eleição de Jesus Cristo como Salvador do mundo”. Mas é o apóstolo Paulo que faz menção da eleição da Igreja em Cristo, em Efésios 1: 3 – 5. O teólogo Shank destaca que “a real instrumentalidade de Cristo na eleição provém da necessidade de Seu ministério de mediação entre Deus e o homem” (SHANK, 2015. Página 32).

A eleição do Senhor Jesus Cristo foi decretada por Deus para ser o Salvador do mundo. Armínio, em Declaração de Sentimentos, afirma que “o primeiro decreto integral de Deus a respeito da salvação do homem pecador é aquele no qual Ele decreta a indicação de seu Filho, Jesus Cristo, para Mediador, Redentor, Salvador, Sacerdote e Rei que deve destruir o pecado pela sua própria morte” (ARMÍNIO, 2015. Página 226). A eleição de Cristo foi decretada para ser crucificação por causa dos nossos pecados. A gravidade do pecado que trouxe a separação da humanidade para com Deus, em Cristo Jesus, oferece a reconciliação. O Deus soberano e santo que não compartilha com pecado, é o mesmo Deus de graça e misericórdia que oferece perdão para os nossos pecados e a vida eterna (João 3:16).  Sendo a eleição cristocêntrica, só ocorre essa eleição quem recebe Cristo em sua vida (João 1:12).

Continuaremos no próximo artigo!

Bibliografias

ARMÍNIO, Jacó. As Obras de Armínio – Volume 2. Rio de Janeiro. CPAD. 2015.

SHANK, Eleitos no Filho – Um estudo sobre a doutrina da eleição. São Paulo. Editora Reflexão. 2015.

TITILLO, Thiago. Eleição Condicional. São Paulo. Editora Reflexão. 2015.

VINE, W. E., Merril F. Unger e William White Jr. Dicionário Vine – O significado exegético e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. Rio de Janeiro. 2014.

Ediudson Fontes é Pastor auxiliar da Assembleia de Deus – Ministério Cidade Santa no RJ. Teólogo. Pós-graduação em Ciência das Religiões. Mestrado em Teologia Sistemática. Professor de Teologia, autor das obras: “Panorama da Teologia Arminiana”, “Reforma Protestante e Pentecostalismo – A Conexão dos Cinco Solas e a Teologia Pentecostal” e “A Soteriologia na relação entre Arminianismo e Pentecostalismo”, todos publicados pela Editora Reflexão. Casado com Caroline Fontes e pai de Calebe Fontes. 

*O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: A importância da Doutrina da Eleição - Parte 1

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