Dá Pra Marcar Data ou Macetar o Apocalipse?

Deus é soberano. A agenda dEle vai acontecer no tempo exato, segundo a determinação perfeita dEle, quer o homem queira, quer não.

Fonte: Guiame, Edmilson Ferreira MendesAtualizado: quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024 às 14:41
(Foto: Pixabay/jeffjacobs1990)
(Foto: Pixabay/jeffjacobs1990)

Os rápidos minutos de um diálogo entre Ivete Sangalo e Baby do Brasil viralizaram mais que o próprio carnaval em si. Bastou uma fala da Baby, uma resposta da Ivete, mais argumentações de um lado e outro, e pronto, internautas e imprensa se encarregaram de fazer o tema pipocar por todo o Brasil.

Erros de cada lado ficaram expostos. Quando diz que o Apocalipse vai acontecer entre cinco e dez anos, Baby desliza numa rampa escorregadia que muitos já se arrebentaram. Marcar datas nunca foi o forte daqueles que insistem em marcar datas para os tempos do fim profetizados na Bíblia. As datas chegam, passam, e fica apenas um rastro de vergonha alheia.

“Daquele dia e hora ninguém sabe”, diz as Escrituras. Eu sei, a Baby na verdade não profetizou e nem garantiu uma data, apenas afirmou que será entre cinco e dez anos, menos grave. Mesmo assim, fica no ar um período e, caso não aconteça, ficarão as críticas e os memes posteriores. Neste caso, quem ganha com isso? Edifica? Confunde? Desperta?

Muitos sinais, simultaneamente, estão acontecendo. As condições tecnológicas para se estabelecer controles mundiais das populações, já existem. A degeneração, decadência e degradação da raça humana estão atingindo níveis cada vez mais assustadores e em velocidades incontroláveis. Epidemias, fomes, guerras, falências nos relacionamentos, ódios, iniquidades multiplicadas em todas as áreas, nos colocam no recorte do chamado “princípio das dores”. Mas garantir datas? Não dá.

Pelo lado da Ivete, marcou a resposta que deu a Baby: “Eu não vou deixar acontecer, porque não tem Apocalipse certo quando a gente maceta o Apocalipse”. Será? A frase já começa com a arrogância costumeira que rotineiramente se vê naqueles que não suportam ouvir qualquer coisa que os contrarie. “Eu”, é assim que começa, “eu” não vou deixar acontecer, “eu” me basto, “eu” tenho a receita pra destruir essa sua fala.

Mas a afirmação piora. O Apocalipse não vai acontecer se a gente macetar o Apocalipse, é pra rir ou pra chorar? A frase é cheia de infantilidade, de orgulho e de arrogância. Deus é soberano. A agenda dEle vai acontecer no tempo exato, segundo a determinação perfeita dEle, quer o homem queira, quer não. Basta olhar para os sinais que estão acontecendo, independente das vontades humanas, Deus simplesmente vai realizar toda Sua vontade.

E qual o lado bom em toda essa rápida conversa entre as duas celebridades? E tem lado bom? Tem. Pelo menos para mim, tem. O tema foi levantado e refletido nacionalmente por todo tipo de gente. Uns zombaram, outros levaram a sério, teve gente que foi atrás para estudar seriamente o tema, uns mudaram de vida e comportamento, outros seguiram mais convictos nas suas posições, outros...

E tudo isso é bom. Pois no meio das reflexões e questionamentos, muitos se encontram com a fé no Cristo do Evangelho. A Baby se sentiu tocada e falou, ponto pra coragem dela. A Ivete se sentiu invadida e respondeu segundo suas crenças, direito dela. Ambas merecem nossas orações e, quanto ao diálogo em si, somos livres para refletirmos e buscarmos conclusões que tenham amparo bíblico.

A outra coisa boa. E tem? Tem! Foi o que ficou escancarado. O carnaval precisa de milhões pra ser produzido, tem apoio da imprensa, tem a máquina da propaganda através de seus patrocinadores, tem um verdadeiro exército trabalhando para que aconteça. Já o Apocalipse carrega em si apenas o poder de um texto milenar impresso em poucas páginas na Bíblia.

Bastou apenas alguns minutos de uma conversa não planejada, e então instantaneamente passou a ocupar o palco do debate, sem marketing ou qualquer estratégia humana. O carnaval prega uma alegria que termina numa Quarta-Feira de Cinzas. O Apocalipse revela tristezas que vão se avolumar até chegar num mundo em cinzas e, depois, segundo as Escrituras, alegria eterna. Maranata!

Edmilson Ferreira Mendes é escritor, pastor, teólogo, observador da vida.

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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