O cerco a Israel e a vinda do Messias

O ódio a Israel se soma a vários sinais dos quais somos alertados pelas Escrituras que precisam se cumprir para que o Messias se manifeste.

Fonte: Guiame, Getúlio CidadeAtualizado: quarta-feira, 8 de janeiro de 2025 às 18:00
(Foto: Pixabay)
(Foto: Pixabay)

cerco de Israel por seus inimigos. Embora não seja uma ocorrência moderna, uma vez que Israel sempre esteve cercado de inimigos ao longo de sua história, é algo que apenas aumentará e se intensificará com a proximidade da vinda do Messias.

Essa hostilidade tem origem espiritual e já falamos sobre ela em outros artigos nesta coluna, explicando, por exemplo, a relação entre o espírito de Amaleque e o Hamas. A mesma relação pode ser vista no principado da Pérsia e sua oposição ao povo judeu — revelada no livro de Daniel — com o regime iraniano atual que promete “riscar Israel do mapa”. O antissemitismo crescente pelo mundo não é nada novo e sua origem nunca poderá ser compreendida mediante um exame histórico ou antropológico. É uma questão espiritual e, assim sendo, envolve uma batalha invisível, a mesma a que se referiu o mensageiro Gabriel em sua aparição a Daniel.

O ódio a Israel se soma a vários sinais dos quais somos alertados pelas Escrituras que precisam se cumprir para que o Messias se manifeste, incluindo a aparição do antimessias e seu governo ditatorial sobre as nações, limitado ao período conhecido por Grande Tribulação. O antissemitismo latente no mundo tem o propósito de preparar as nações para a perseguição implacável encabeçada pelo iníquo contra Israel, o que ocorrerá inevitavelmente após a quebra da falsa aliança de paz.

Cerco interminável

O cerco ao povo judeu e a seu território se deu em vários episódios da história como, por exemplo, no cerco dos assírios a Judá e sua capital, Jerusalém, que resultou no exílio babilônico (século VI a.C.); e no grande cerco romano do século I d.C. que culminou com a destruição do segundo Templo e com a grande diáspora que durou até o século XX.

Essa diáspora que dispersou o povo judeu literalmente por todas as nações durou cerca de 1.900 anos. Durante esse tempo, o cerco não foi ao território, pois os judeus estavam dispersos, mas às comunidades judaicas espalhadas pelo mundo. Inúmeros foram os ataques de ordem física e moral, destacando-se episódios de segregação e extermínio como as Cruzadas, nos séculos XI-XIII; os pogroms russos, nos séculos XIX e XX; “A Noite dos Cristais”, as leis de Nuremberg e os guetos, na década de 1930 da Alemanha nazista; e o hediondo Holocausto, durante a Segunda Guerra.

Após o renascimento do Estado novo de Israel, em 1948, seu território foi cercado e atacado diversas vezes por seus inimigos na região, ocasionando diversas guerras como a Guerra de Independência (1948-49), a Guerra dos Seis Dias (1967), a Guerra do Yom Kippur (1973) e as duas guerras do Líbano, entre outros conflitos. Em todas elas, o ataque partiu de povos inimigos a Israel que não aceitam sua existência como nação e insistem em sua aniquilação. Em cada um desses conflitos, as Forças de Defesa de Israel (FDI), fazendo jus ao nome, lograram êxito em defender a nação de seus agressores.

O Anel de Fogo

O cerco a Israel, atualmente, permanece mais ativo do que nunca. A propósito, seu arqui-inimigo, o regime do Irã, tem contra Israel uma estratégia conhecida como Anel de Fogo que consiste em impor ao país diversas frentes de combate a fim de desgastá-lo e enfraquecê-lo para, por fim, derrotá-lo militarmente.

Assim, as FDl se encontram hoje expostas a esse Anel de Fogo, divididas em sete frentes de combate. A frente sul está sendo travada contra o Hamas em Gaza; a frente norte, no Líbano, contra o Hezbollah; a frente leste, na Cisjordânia, contra a Jihad Islâmica; a frente nordeste, contra as milícias xiitas da Síria. Ainda há as frentes contra atores extrafronteiras como os Houthies, no Iêmen, as milícias xiitas do Iraque e, por fim, contra o regime do Irã que sustenta e financia todo o esforço dessas facções terroristas contra Israel, sendo ele mesmo a maior de todas as ameaças.  

É nesse contexto que os ataques terroristas do Hamas, em 7 de outubro de 2023, precisam ser compreendidos, pois fazem parte de uma estratégia muito mais ampla, embora o objetivo seja o mesmo: exterminar o povo judeu. A agressão do 7 de outubro que deu início à atual guerra de Gaza foi um ponto de inflexão não apenas na história de Israel. Suas consequências ainda estão se desdobrando e impactarão as futuras gerações, dentro e fora de Israel, bem como no posicionamento que adotarão as nações em relação àquele país.

O encontro com o Messias

O 7 de outubro apenas reforçou o cerco inimigo que já havia contra Israel. Não apenas isso, mas provavelmente demarcou o início do longo período de guerras e de rumores de guerra que antecede a Grande Tribulação. Na verdade, esses sinais sempre existiram, mas Yeshua advertiu que se tornariam mais intensos com a proximidade de sua volta. Logo, terremotos, pragas (epidemias e pandemias), fome e guerras serão realidades cada vez mais tangíveis e constituem apenas o princípio das dores de parto, à medida que o mundo se aproxima do início da era messiânica.

O cerco a Israel, em todos os sentidos, apenas aumentará. Há inúmeras profecias a respeito disso, de Gênesis a Apocalipse. O antissemitismo disparará entre todas as nações e isso conduzirá ao grande aperto pelo qual, uma vez mais, passará a nação de Israel, diante do tormento e perseguição de seus inimigos. Por outro lado, será exatamente esse cerco e esse aperto que, sob angústia extrema, trará sobre os judeus o quebrantamento do espírito de graça e de súplicas, conforme profetizou Zacarias, o que preparará o remanescente daqueles dias para o encontro com seu Messias.

“E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador e desviará de Jacó as impiedades. Esta será a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados” (Romanos 11:26-27).

Para saber mais, acesse https://www.aoliveiranatural.com.br/2024/10/10/yom-kippur-e-a-guerra-de-israel/  

 

Getúlio Cidade é escritor, tradutor e hebraísta, autor do livro A Oliveira Natural: As Raízes Judaicas do Cristianismo e do blog www.aoliveiranatural.com.br.

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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