É lei de Deus: maldição contra o justo vira bênção

Mesmo que o injusto amaldiçoe o justo, a maldição acaba virando bênção.

Fonte: Guiame, Sergio Renato de MelloAtualizado: quarta-feira, 31 de maio de 2023 às 17:14
(Foto: Unsplash/Ben White)
(Foto: Unsplash/Ben White)

Quem diz que o bem não existe e o mundo é essencialmente mau está redondamente enganado. Blasfema quem duvida que Deus seja bom e afirma que o Criador assiste passivamente às misérias mundanas. Apesar dos pesares, o mundo é criação divina e participa de sua essência boa. O bem sempre vence no final e Deus mesmo não quer o mal.

Quem não crê não precisa levar para o lado da fé para entender o que está acontecendo. Santo Tomas de Aquino, o filósofo da razão a favor da fé, deixa claro, em Suma contra os gentios, que Deus é bom (Deus é a própria bondade), então a sua obra também é boa; Deus é o bem de todo o bem; Deus é infinito e inteligente.

Mas, assistindo o que acontece em nosso país, temos a impressão de que o final desta tragédia chamada Brasil nunca chega, não é mesmo? Realmente é uma visão do inferno. Temos um judiciário que não liga para Deus e que, ao contrário, faz de tudo por um materialismo globalista (que inverte valores). Temos congressistas que assistem a tudo (esses sim!) de braços cruzados, deputados importantes, com representação expressiva, que são cassados, presos, censurados. Temos jornalistas cegos para as verdades, que espalham mentiras maliciosamente ou não. Enfim, parece que todos estão cegos para a causa do bem. E agora, para fechar, nesta semana, um presidente da república reeleito que se reúne com ditadores latinos e os recebe com honrarias militares em nosso próprio solo. Tudo parece conspirar contra o bem, dando a impressão de que desta vez não existem chances para o que é justo e bom. Mas, adverte Tomás de Aquino, Deus conhece o mal, as coisas más e vis.

Financeiramente, congelam contas de jornalistas importantes e destemidos que defendem a liberdade e valores caros para a civilização cristã. Em termos de liberdade, prendem congressistas como se fossem criminosos perigosos, censuram a fala, desmonetizam canais de YouTube, bloqueiam contas de redes sociais, tudo a título de verbetes coletivistas como “discurso de ódio”, “antidemocracia”. Estão tentando de todos os modos eliminar de vez o que eles entendem por “bolsonarismo” (que, no fundo, é o espírito conservador, prudente, em ação ou apenas se defendendo de ataques do esquerdismo, que representa o caos em ação).

A perseguição ao deputado mais votado do Paraná Deltan Dallagnol é o exemplo mais claro de que o mal parece estar na frente. Ele que, além de lutar contra a corrupção, foi contra todo o establishment político, teve há poucos dias o seu mandato cassado pelo TSE, um puxadinho do atual STF, os dois tribunais que hoje podem representar um certo “Partido da Toga Brasileiro”.

Ora, Deus não tira a contingência da vida e impõe necessidade de acontecimentos. Ele é perfeito e não seria se impusesse alguma coisa. Não tem como evitar o mal, apesar da prudência de muitos.

Mas enquanto Dallagnol era atacado em lives combinadas entre togados, engravatados do congresso e jornalistas desesperados, e condenado pela justiça a pagar altas indenizações, o povo fazia depósitos e mais depósitos na conta do deputado cristão, tendo até ultrapassado o valor que teria que arrecadar. O saldo, segundo o deputado, foi destinado a instituições de caridade. Esta semana Dallagnol deu entrevista no programa Roda Viva, que se diz alheio ou apartidário mas vive entrevistando celebridades esquerdistas, e teve a chance de se defender publicamente e desta vez na arena do adversário (o que é bom).

Quanto mais existem ataques a Dallagnol mais ele se fortalece. Parece que a perda de um cargo político, se ela efetivamente se concretizar, não será o seu fim. Pensaram que era o fim a partir das depredações do dia 8 de janeiro e com as prisões dos manifestantes mais violentos. Que nada! Tudo conspira para o verdadeiro bem.

Então, mesmo que o injusto amaldiçoe o justo, a maldição acaba virando bênção. O justo é abençoado. Como diz a Palavra Sagrada, se até os pássaros vivem sob a proteção de Deus, de maneira alguma o melhor da criação ficará desamparado.

Politicamente, chama-se esquerdismo o movimento que ataca o que restou convencionado chamar de “classe dominante” (fundamentalmente a religião cristã, o capitalismo, a classe média e a burguesia, enfim, o espírito de consciência do bem e da prudência que embusteiros chamam de “fascistas”). No início, século XVIII, eram rebeldes e desordeiros contra o que representava o Antigo Regime, que sentaram à esquerda ou à direita do Rei Francês na Assembléia para saber quem era a favor ou contra reformas estruturais.

Este esquerdismo é o mal politicamente encarnado. Ele não vem com tridentes e com cara de mau. Ele é um acidente no curso da existência humana porque a essência do mundo criado é boa, como o próprio Criador. Enquanto o mal vier disfarçado de bem, de misericórdia, de paz e amor, fará o caos na Terra e enganará a muitos com mentiras e falsidades. O mundo jaz do maligno, do enganador, mas a criação divina é boa em si mesma e sempre continuará sendo.

Sergio Renato de Mello é defensor público de Santa Catarina, colunista do Jornal da Cidade Online e Instituto Burke Conservador, autor de obras jurídicas, cristão membro da Igreja Universal do Reino de Deus.

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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