Pais de garoto que protegeu irmã de ataque pedem orações pelo dono do cachorro

O pai do garoto, Robert Walker pediu que as pessoas não julgassem o dono do cachorro e falou mais sobre a criação de seus filhos.

Fonte: Guiame, com informações da Revista CrescerAtualizado: segunda-feira, 20 de julho de 2020 às 11:49
Bridger Walker (esquerda) defendeu sua irmã e evitou que ela fosse atacada por um cachorro. (Foto: Instagram)
Bridger Walker (esquerda) defendeu sua irmã e evitou que ela fosse atacada por um cachorro. (Foto: Instagram)

Na semana passada, a atitude do pequeno Bridger Walker emocionou, não apenas os cidadãos os pais do garoto, Robert and Teila Walker e os cidadãos do estado de Wyoming (EUA), mas também pessoas do mundo todo.

No dia 9 de julho ver que um cachorro da raça Pastor Alemão iria atacar sua irmã mais nova, Bridger se colocou à frente dela e corajosamente a defendeu, tendo sua bravura destacada até por muitos pastores.

“Deus colocou dentro do homem um senso de proteção. Deus queria que Adão protegesse o Jardim. Porém, em Adão abandonamos esse chamado, mas em Cristo ele é reavivado dentro do homem”, comentou o pastor Jackson Jacques.

Agora, uma carta dos pais de Bridger está acrescentando ainda mais comoção ao caso, por revelarem mais sobre a educação que dão aos filhos e também sua atitude com relação ao dono do cachorro que atacou o garoto.

“Pedimos humildemente que mantenham o dono do cachorro em suas orações e evitem qualquer julgamento superficial – porque nós o amamos”, escreveu Robert Walker em uma publicação nas redes sociais.

Em uma carta emocionante, o pai contou mais sobre a forte relação do garoto com a irmã.

“No começo de 2016, o mundo de Bridger foi transformado. Aos 19 meses de idade, nós apresentamos a ele a sua recém-chegada irmã caçula. Como pais, estávamos ansiosos sobre como ele reagiria, mas sem hesitação e se sentou naquela grande poltrona do hospital e esperou pacientemente a sua vez de segurá-la. Desde aquele momento, estava claro para nós que havia um vínculo especial entre ele e sua irmã. Seu pequeno sorriso bochechudo encheu a sala”, contou o pai.

“Quando seu avô pediu para segurá-la, ele a apertou contra seu próprio peito, indicando que não a daria a ele. E assim foram pelos 15 minutos seguintes. Quando qualquer um tentava tirá-la dele, ele a apertava contra seu peito. Ele tinha esperado a sua vez, e não iria deixá-la passar”, acrescentou.

A coragem do pequeno Bridger já se revelara há cerca de dois anos, quando junto ao seu pai e seu irmão mais velho, começou a treinar jiu jitsu brasileiro em uma academia local de sua cidade. O garoto sempre foi um dos mais novos e menores nas aulas, mas essa diferença de tamanho não o intimidou. Ele encarou o desafio de confrontar oponentes maiores e mais experientes regularmente.

“Quando seu irmão decidiu recentemente competir em um torneio local, Bridger pediu que também o inscrevêssemos para competir na categoria de sua faixa etária (para nossa preocupação). Depois de ficar em quarto lugar, e o seu irmão em primeiro, ele ficou totalmente arrasado por não ter ganhado uma medalha. Como pais, tentamos ao máximo assegurá-lo de que foi por diversão, que sabíamos que ele tinha feito seu melhor, e que ele havia mostrado seu grande coração e coragem. No caminho para casa, enquanto conversávamos, pudemos dizer a ele que a sua frustração era o começo de uma determinação ainda maior”, contou o pai.

Maturidade e bravura

Robert então compartilhou que Bridger já vinha mostrando certa maturidade durante os momentos de leitura bíblica e oração em família nestes meses de pandemia.

“Conversamos sobre como cada membro da família está: repassamos as metas de cada uma das crianças e lemos a Bíblia. Bridger geralmente se lembra mais do que os irmãos, contribui ativamente e nos surpreende com seus comentários de ‘alma experiente’”, contou o pai.

Robert então compartilhou um relato mais detalhado sobre o ocorrido, mas ainda assim, “conhecimento limitado sobre os fatos”, já que as informações foram repassadas pelo pequeno Bridger e sua irmã, a quem ele se arriscou para defender.

“Enquanto estava na casa de um amigo, Bridger e a irmã foram ao quintal. Quando chegaram ao jardim, a criança que estava com eles apontou para um cachorro e disse: ‘esse é o cachorro legal’, e apontou para o outro, explicando ‘esse é o mau’”, explicou o pai.

“Bridger explicou, como, naquele momento, o mau correu até eles. Nas palavras de Bridge: ‘eu dei um passo para o lado, em frente à minha irmã, para que o cachorro não pudesse pegá-la. Continuei me movendo, para que ele não conseguisse passar’”, acrescentou.

Tragicamente, o cachorro saltou e agarrou a bochecha de Bridger. Quando o cachorro o atingiu, ele gritou para que a irmã corresse. Quando conseguiu se soltar do cachorro, Bridger correu até a irmã e levou-a a um local mais seguro do jardim.

Robert contou que o dono do cachorro o deteve o animal e levou Bridger para dentro e começou a pressionar os ferimentos, enquanto ligava para o serviço de emergência.

“Seremos sempre e sinceramente gratos pelo amor e cuidado oferecidos. Como pais do Bridger, claro, ficamos devastados com a notícia e fomos imediatamente para o local”, contou ele.

Depois que bombeiros e médicos socorristas chegaram, os pais do garoto começaram a avaliar os ferimentos. Como era esperado, havia muito sangue, tanto que os bombeiros perguntaram que poderiam rasgar a camiseta de Bridger. Ele não quis e disse: “Minha mãe gosta de mim com essa camiseta”.

“Pode soar estranho, mas enquanto a família estava sentada esperando que os médicos estabilizassem Bridger, minha mulher e eu sentimos um forte espírito de amor entre os envolvidos”, relatou.

Chegando ao hospital, a equipe de emergência imediatamente levou Bridger a uma área fechada por uma cortina. Em um momento, a responsável pelo controle de animais veio nos comunicar que o cachorro estava com as vacinas em dia. Ela também explicou que o dono do cachorro foi quem a chamou para relatar o incidente e decidiu sacrificar o cão. Mas Bridger respondeu: “não quero que nada de ruim aconteça com o cachorro. Ele vai ser morto?”.

“Nós garantimos a ele que a polícia animal cuidaria do cachorro e que ele nunca mais precisaria se preocupar em vê-lo de novo”, contou o pai.

Quando Bridger explicou como tinha protegido a irmã, Robert perguntou por que ele fez isso. Bridger, em suas próprias palavras, disse: “Se alguém tinha que morrer, pensei que deveria ser eu”.

Solidariedade

Robert finalizou sua mensagem, respondendo às muitas mensagens que tem recebido de pessoas que desejam ajudar sua família. Ele expressou sua gratidão, mas destacou que há outras pessoas com necessidades maiores e indicou organizações que poderiam receber tal ajuda.

“Muitos têm perguntado como podem ajudar. Nós somos muito gratos, mas acreditamos que há muitos com necessidades maiores. Depois de muita oração e reflexão, pedimos a quem gostaria de ajudar que considere contribuir a uma das seguintes organizações: Mission 22 – uma organização dedicada a combater o suicídio de veteranos de guerra; Operation Underground Railroad – comprometida com a erradicação do tráfico de crianças; The Wounded Warrior Project – uma organização cuja meta é ‘ajudar a devolver a independência aos veteranos de guerra mais gravemente feridos’”, escreveu.

“Ironicamente, antes do ferimento de Bridger, nossa família vinha discutindo que diríamos se pudéssemos espalhar uma única mensagem ao mundo inteiro. Não tínhamos a expectativa de ter realmente essa chance. O céu sabe que este está sendo um ano chato e precisamos de mais mensagens positivas”, destacou o pai.

“Depois da atitude de Bridger, nossa família faz um simples pedido: que cada um de nós possa se esforçar ativamente para ajudar o próximo a suportar sua carga. Levante-se e proteja os mais frágeis, os oprimidos, aqueles que foram abandonados pelo mundo; chore com os que choram, conforte aqueles que precisam ser confortados, e amem-se uns aos outros. Que a gente siga o exemplo de Bridger, encare o mundo como uma criança e traga mais paz para nossas casas, comunidades, estados e países”, finalizou.

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