Cerca de 75 imigrantes da Ucrânia desembarcaram em Tel Aviv na tarde de domingo (20) em um voo planejado pela Associação Internacional de Cristãos e Judeus (IFCJ), a Agência Judaica e o Ministério da Absorção ao Imigrante de Israel.
“Nossa mensagem para os judeus da Ucrânia é muito clara: Israel sempre será sua casa”, declarou Pnina Tamano-Shata, uma judia etíope que atua como ministra da Aliá (imigração judaica) e Integração no governo israelense.
De acordo com o site Jerusalem Post, houve um resgate de emergência secreto de judeus, planejado por Israel, na semana passada. Tamano-Shata destaca que o governo israelense está “preparado para qualquer cenário de um aumento massivo imediato na aliá da Ucrânia.”
Representando os cristãos, Yael Eckstein, presidente do IFCJ, declarou: “Nós e nossos parceiros continuamos o esforço conjunto de trazer imigrantes em todos os momentos. A chegada dos olim (imigrantes judeus) a Israel é a essência do sionismo e a obrigação mútua que temos, que existe no povo judeu”.
Os judeus que deixaram a Ucrânia no domingo têm idade média de 40 anos e mais da metade deles escolheram viver no norte de Israel, especialmente em Haifa e seus arredores.
Mesmo com as restrições da pandemia, a IFCJ e a Agência Judaica ajudaram 28.000 novos imigrantes a fazer aliá a Israel, dos quais cerca de 3.000 são imigrantes da Ucrânia.
Yael Eckstein recebe judeus imigrantes no Aeroporto Ben Gurion. (Foto: International Fellowship of Christians and Jews)
“Esperamos tanto que a situação fosse melhorar na Ucrânia, mas só piora e fica mais assustadora”, diz o empresário Anzor Churpin, 45 anos, que deixou a Ucrânia com sua esposa Elena, 40 anos, e seus dois filhos; Ilya, 12, e Yesenia, 20, anos.
Anzor revela que em sua cidade, Kharkiv, nenhum dos moradores quer conflitos. “Muitas pessoas esperam que tudo dê certo, sem derramamento de sangue. Os kharkovitas já estão cansados dos 'euromaidans'”, ele afirma, se referindo a uma onda de manifestações que começou na Ucrânia em 2013, exigindo uma maior integração europeia.
Anzor também quer se reunir com seu país histórico, porque se sente mais conectado com os judeus. “Meu bisavô Aaron era um rabino na Geórgia; ele era o responsável pela comunidade, observava a Torá e passava seu conhecimento para meu pai, Michael. Durante a Segunda Guerra Mundial, a comunidade também existia, mas mais secretamente das autoridades”, diz Anzor.
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