A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em Nova York aprovou na sexta-feira (30) seis resoluções anti-Israel, incluindo duas que ignoram os laços judeus com o Monte do Templo, em Jerusalém.
A resolução primária sobre Jerusalém, que recebeu 148 votos a favor, 11 contra e 14 abstenções, também negou a soberania de Israel sobre Jerusalém.
Uma outra resolução sobre o conflito israelo-palestino, que recebeu 156 votos a favor, 8 contra e 12 abstenções, citou o Monte do Templo unicamente pelo nome muçulmano de al-Haram al-Sharif.
Uma terceira resolução, que foi aprovada por 99 votos a favor, 10 contra e 66 abstenções, pediu a Israel que se retirasse das colinas de Golã, localizadas entre o Estado judeu e a Síria.
Mais uma vez, o Brasil se posicionou contra Israel e votou a favor das resoluções sob a administração do presidente Michel Temer. O mesmo aconteceu em dezembro de 2017, quando o Brasil votou para considerar “nula e sem efeito” a declaração do presidente Donald Trump, que reconheceu Jerusalém como capital de Israel.
Países como Estados Unidos, Canadá e Austrália votaram contra todas as seis resoluções, que são o primeiro lote de cerca de 20 resoluções que a ONU estabelece anualmente contra Israel, de acordo com o jornal israelense Jerusalem Post.
Segundo a embaixadora de Israel na ONU, Noa Furman, as resoluções mais preocupantes são aquelas que ignoraram os laços judeus e cristãos com o Monte do Templo.
“Essa omissão foi deliberada. Ela mostra ainda outro exemplo da recusa palestina em reconhecer a comprovada conexão histórica entre o judaísmo, o cristianismo, o Monte do Templo e Jerusalém como um todo”, lamentou. “A comunidade internacional deve parar de participar da negação descarada da história. Não podemos permitir essas tentativas descaradas de deslegitimar Israel”.
A União Europeia, que apoiou os dois textos, advertiu que só iria mudar de posição caso mais línguas fossem usadas para referenciar os locais sagrados em Jerusalém.
O embaixador da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) nas Nações Unidas, Riyad Mansour, agradeceu aos Estados-membros da ONU pelo seu apoio a textos que referenciam uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino.
Já a representante dos EUA, Leslie Ordeman, se manifestou contra os textos. “Como os EUA deixaram claro repetidamente, essa dinâmica é inaceitável. Mais uma vez, vemos resoluções que são rápidas em condenar todos os tipos de ações israelenses, mas quase nada dizem sobre ataques terroristas palestinos contra civis inocentes”.
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