O grupo terrorista Hamas anunciou a criação de um novo grupo no Líbano com o objetivo de libertar Jerusalém e a Mesquita de Al-Aqsa. O anúncio foi feito em 4 de dezembro e a iniciativa tem o apoio do Irã, conforme notícias do Israel Today.
Nos últimos dois meses, os terroristas do Hamas no Líbano realizaram ataques com foguetes contra soldados e civis israelitas no norte de Israel. Agora eles querem inaugurar outra operação para aniquilar Israel.
O primeiro ataque mortal, em 7 de outubro, ficou conhecido como “Operação Inundação Al-Aqsa”. Agora o Hamas apela aos palestinos que vivem no Líbano para se juntarem na segunda operação “Vanguardas da Inundação Al-Aqsa”.
O nome do grupo está associado à invasão bárbara por parte dos terroristas do Hamas às comunidades israelitas perto da fronteira com a Faixa de Gaza. O massacre que matou mais de 1.200 israelenses foi realizado com requintes de crueldade, incluindo estupros, decapitações e torturas.
Além das mortes, houve também o sequestro de mais de 240 pessoas, a maioria delas ainda estão nas mãos dos terroristas, motivo pelo qual a guerra continua intensa dentro da Faixa de Gaza.
‘Invasão semelhante à que ocorreu em Israel’
Ainda de acordo com o Israel Today, o Hamas está planejando uma invasão semelhante à que ocorreu em Israel, no dia 7 de outubro, mas desta vez a partir do Líbano.
O anúncio suscitou duras críticas de muitos libaneses, que temem que o grupo terrorista e seus líderes que estão em Teerã queiram “arrastar o Líbano para uma guerra destrutiva com Israel”.
Segundo o veículo, os libaneses estão de olho na forma como o Hamas está usando os próprios palestinos como escudos humanos para escalar nessa guerra: “Eles temem a mesma consequência no Líbano”.
‘O que o Hamas quer fazer é inaceitável’
“Esta declaração do Hamas é inaceitável, tanto na forma como no conteúdo. Isso prejudica a soberania libanesa e está novamente tentando prejudicar a relação entre os libaneses e os palestinos”, disse Samir Geagea, chefe do Partido das Forças Libanesas.
Geagea apontou que a decisão do Hamas de estabelecer o novo grupo terrorista no Líbano não poderia ter sido tomada sem a aprovação do representante libanês do Irã, o Hezbollah.
“Está bem estabelecido que o Hamas e outras organizações no Líbano estão sujeitos ao comando e à decisão do Hezbollah. É quase impossível para eles realizarem qualquer ação militar sem o conhecimento e a aprovação do partido. O Hamas não pode emitir tal declaração sem o consentimento do Hezbollah”, disse ainda.
“O Líbano não é uma arena de resistência contra Israel. Rejeitamos este anúncio. Meu conselho para você, Hamas, é que não se afunde nas areias movediças do Líbano, caso contrário a perda será grande”, disse também o deputado libanês Ashraf Rifi, antigo diretor-geral das Forças de Segurança Interna Libanesas.
O jornalista libanês Tony Bouloss alertou que a intenção do Hamas é estabelecer um novo grupo terrorista no Líbano que poderia mergulhar o país numa guerra civil e transformá-lo na “Terra do Hamas”.
“O Hezbollah quer transformar o Líbano num novo Afeganistão, atraindo todas as organizações terroristas do mundo para que o Líbano se torne uma pátria alternativa para grupos desonestos”, concluiu o jornalista.
Uma pesquisa realizada no Líbano, entre os dias 13 e 17 de outubro, mostrou que 73% dos libaneses se opõem à entrada do Líbano na atual guerra Israel-Hamas.
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