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Israel

Hebraísta fala sobre a Festa de Purim e seu significado profético nos últimos dias

Para Getúlio Cidade, a comemoração traz esperança: “Deus é poderoso para reverter qualquer mal”.

Fonte: Guiame, Cris BeloniAtualizado: quinta-feira, 17 de março de 2022 às 16:54
Estrela de Davi, um dos símbolos do judaísmo. (Foto: Unsplash/David Holifield)
Estrela de Davi, um dos símbolos do judaísmo. (Foto: Unsplash/David Holifield)

A partir do pôr do sol de quarta-feira (16) até o pôr do sol de sexta-feira (18), comemora-se a Festa do Purim entre os judeus, quando eles relembram que Deus livrou seu povo da aniquilação total através da vida da rainha Ester. 

De acordo com o hebraísta e escritor Getúlio Cidade, o nome da festa vem de “pur” que quer dizer “sorte”, pois Hamã “lançou sortes” para determinar o dia de cumprir seu intento maligno de destruir o povo judeu. 

A história está documentada no livro de Ester, onde relata o intento de Hamã. Sabe-se que ele foi condenado ao enforcamento, com a mesma forca que havia preparado para Mordecai. 

A Bíblia diz que o povo de Israel se livrou de seus inimigos naquele dia, que a tristeza tornou-se em alegria e o pranto em dia de festa, conforme Ester 9.22.

Simbolismos da Festa de Purim

Conforme as Escrituras, o povo deveria comemorar aquelas datas “como dias de festa e de alegria, de troca de presentes e de ofertas aos pobres. E assim os judeus adotaram como costume aquela comemoração, conforme o que Mardoqueu lhes tinha ordenado por escrito (Et 9.22-23).

“A mensagem de Purim é, antes de tudo, uma mensagem de esperança. Instiga-nos a acreditar que ainda que as circunstâncias nos sejam contrárias, Deus é poderoso para reverter qualquer mal. Ele é capaz de transformar maldição em bênção”, escreveu Getúlio em seu site “A Oliveira Natural”. 

“Embora não esteja na Torá, é uma festa importante porque fala do livramento da extinção de todo o povo de Israel há 2.500 anos”, disse em entrevista ao Guiame

O hebraísta explica que Ester é um tipo da “Noiva do Messias” que comparece diante do rei para interceder por toda uma nação, colocando sua própria vida em risco por amor aos seus próximos. 

Mordecai é um tipo de judeu piedoso que não se dobra diante de outros deuses, aguardando a manifestação do Messias para salvar Israel. E Hamã é um tipo do inimigo de Deus, o espírito do Anticristo que se levanta para aniquilar seu povo. 

Profecia da Festa de Purim

“Uma das passagens que melhor resumem a história de Purim está em Romanos 8.28. ‘Sabemos que todas as coisas colaboram para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito’. Além disso, é uma história profética”, revelou. 

“Como as demais festas da Torá, Purim também é uma festa profética, a ser cumprida nos últimos dias, quando o Anticristo se levantar contra Israel. Ele vai quebrar o acordo da falsa paz no meio da última semana de Daniel”, comentou.

“O Anticristo tentará extirpar Israel da Terra. Foi exatamente o que Hamã tentou fazer há 2500 anos. Não é à toa que os últimos presidentes do Irã têm proclamado abertamente que ‘Israel deve ser varrido do mapa’. Não é mera coincidência”, disse ainda.

Interesse dos cristãos pelas festas judaicas

“Vejo que o interesse por Purim tem aumentado nos últimos anos por causa da crescente ameaça do Irã a Israel. Como sabemos, o Irã é a antiga Pérsia, império em que viviam os judeus no exílio quando quase foram extintos”, observou o hebraísta. 

“É interessante observar que, na revelação do anjo Gabriel a Daniel, ele fala, após entregar sua mensagem revelatória do fim dos dias para seu povo, que terá a ajuda do arcanjo Miguel para enfrentar o príncipe da Pérsia, em uma clara alusão a um ser espiritual que exerce seu poder sobre a Pérsia (atual Irã), antigo inimigo de Israel. A batalha é, antes de tudo, espiritual”, explicou.

“Acho também que a Festa de Purim está despertando mais atenção esse ano por causa da guerra da Rússia e Ucrânia e à inevitável ligação com Gogue e Magogue, pois há também a participação do exército persa (Irã) na última das batalhas”, associou. 

Questionado se os cristãos deveriam comemorar também as festas judaicas, Getúlio respondeu: “Acho que os cristãos podem celebrar qualquer uma das festas bíblicas porque fomos enxertados na Oliveira Natural que é Israel”. 

“Há ensinamentos valiosos para os cristãos em Purim como, por exemplo, a lei da semeadura. E que Deus nunca está ausente do que se passa no mundo, especialmente em relação a seus filhos. O livro de Ester é o único em toda a Bíblia em que o nome de Deus não aparece, mas Ele está mais do que presente, regendo todos os detalhes”, concluiu.

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