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“Morte à América e Israel”, cantam milhares de iranianos no Dia de Jerusalém

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, participou do comício onde manifestantes destacaram que “a destruição de Israel está próxima”.

Fonte: Guiame, com informações do Times of IsraelAtualizado: sexta-feira, 14 de abril de 2023 às 19:02
Presidente do Irã, Ebrahim Raisi. (Foto representativa: Wikimedia Commons/Ashtari & Fardi Anvar)
Presidente do Irã, Ebrahim Raisi. (Foto representativa: Wikimedia Commons/Ashtari & Fardi Anvar)

Autoridades de alto escalão, incluindo o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, participaram de um comício central na capital, que ocorreu em meio à violência mortal em Israel e alertando sobre a iminência de uma guerra com o Irã.

Conforme o The Times of Israel, dezenas de milhares de iranianos cantaram e alguns gritaram “morte à América” e “morte a Israel”, marchando em Teerã, nesta sexta-feira (14), no Dia de Jerusalém, como demonstração de apoio aos palestinos.

Faixas levantadas por manifestantes diziam “A destruição de Israel está próxima” e “Palestina é o eixo da unidade do mundo muçulmano”.

A TV estatal mostrou imagens de comícios semelhantes em outras cidades e vilas iranianas. Muitos carregavam bandeiras palestinas e a bandeira do Hezbollah, apoiado pelo Irã, no Líbano.

Manifestantes em alguns lugares incendiaram bandeiras americanas e israelenses, bem como efígies do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

‘Manifestantes dizem que Israel é a raiz dos problemas’

Desde a Revolução Islâmica do Irã, em 1979, os comícios que marcam o que também é conhecido como “Dia al-Quds” são normalmente realizados na última sexta-feira do mês sagrado muçulmano do Ramadã.

Al-Quds é o nome árabe da cidade contestada no centro do conflito israelense-palestino. Israel capturou Jerusalém Oriental na “Guerra dos Seis Dias”, em 1967 e a anexou à sua capital.

Os palestinos buscam a parte oriental de Jerusalém como sua futura capital. Jerusalém é o lar do Monte do Templo, o local mais sagrado do judaísmo, que também abriga a Mesquita Al-Aqsa, que é o terceiro santuário mais sagrado do Islã.

O presidente do Parlamento, Mohammad Qalibaf, disse aos manifestantes que Israel é a “raiz dos problemas na região” e que os palestinos estão atrapalhando os planos de Israel.

‘Ataques mortais’

“Os palestinos estão enfrentando ativamente a agressão israelense de Gaza ao coração de Tel Aviv”, disse Qalibaf aludindo ao aumento da violência no conflito israelense-palestino desde o início do ano.

As últimas semanas viram ataques mortais e confrontos em Israel, Jerusalém Oriental e Cisjordânia, bem como fogo na fronteira entre forças israelenses e terroristas na Faixa de Gaza, Líbano e Síria.

“Ontem os palestinos lutavam com pedras e agora atingem Israel com foguetes”, disse Qalibaf.

Há ondas de protestos pelas ruas que eclodiram após a morte de Mahsa Amini, desde setembro. Os protestos rapidamente se transformaram em apelos pela derrubada dos clérigos xiitas governantes do Irã, marcando um grande desafio ao seu governo de quatro décadas. O Irã culpou potências estrangeiras pela agitação.

‘A paz parece impossível’

De acordo com especialistas, a paz entre as nações muçulmanas e Israel é praticamente impossível. 

O Irã não reconhece Israel e apoia grupos terroristas anti-israelenses como o Hamas e o grupo libanês Hezbollah. Israel e Irã se veem como arqui-inimigos no Oriente Médio.

Na quinta-feira, o ex-conselheiro de segurança nacional Yaakov Amidror disse que a guerra com o Irã é cada vez mais provável e que Israel precisa se preparar para atacar sem a ajuda dos EUA.

“Precisamos nos preparar para a guerra. É possível que cheguemos a um ponto em que tenhamos de atacar o Irã mesmo sem a ajuda americana”, disse Amidror, um ex-general que serviu como chefe do Conselho de Segurança da Nação sob o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, entre 2011 e 2013.

“O Irã está mais seguro de si. Conseguiu assinar vários acordos com países árabes”, ele afirmou referindo-se aos recentes acordos dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita para restabelecer relações diplomáticas com Teerã. “O mundo está cada vez mais diferente”, concluiu. 

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