O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu comemorou o resultado das eleições que deu a ele uma "vitória gigantesca", "contra todas as previsões", nas eleições legislativas de israel.
“Lembro da nossa primeira vitória, em 1996, mas esta noite a vitória é maior ainda, porque foi contra todas as previsões”, declarou o premier, encantado por frustrar os que previram "o fim da era Netanyahu" em Israel.
“É a vitória mais importante da minha vida”, declarou Netanyahu a seus partidários, depois da terceira eleição em menos de um ano em Israel, nas quais teve o ex-chefe militar Benny Gantz como principal adversário.
Confirmando o previsto nas pesquisas de boca de urna, os partidos que apoiam o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu conquistaram uma margem significativa de assentos no Knesset, nome em hebraico do Parlamento israelense, na terceira eleição geral realizada no país em menos de um ano.
Eles obtiveram 90% dos votos apurados, dando a Netanyahu um inédito quinto mandato e pôr fim ao impasse político que tomou conta do país por causa do resultado inconclusivo das duas votações anteriores, em abril e setembro do ano passado.
Netanyahu diz que “chegou a hora de formar um governo (...). Serei o primeiro-ministro de todos os israelenses, é hora de união”.
Gantz admitiu que ficou decepcionado com os resultados obtidos por seu partido.
“Compartilho os sentimentos de decepção e dor de vocês. Esperávamos um outro resultado”, declarou o líder do partido de centro Azul e Branco, para seus partidários em Tel-Aviv.
“Mas é preciso olhar o copo meio cheio. Criamos algo maravilhoso chamado Azul e Branco e continuaremos porque não desistiremos dos nossos valores”, declarou.
Formação do parlamento
Liderado por Netanyahu, o bloco da direita nacionalista e religiosa tem até o momento 59 assentos, dois a menos que os 61 necessários para formar uma maioria.
O bloco de centro-esquerda, liderado por Benny Gantz, tem 54 assentos.
Com seus aliados da direita radical e dos partidos judeus ultraortodoxos, o Likud pode chegar à maioria parlamentar.
Com a votação, buscava-se o fim da crise política mais importante do Estado hebreu após as votações de abril e setembro de 2019, em que o Likud, de Netanyahu, e o Azul e Branco, de Gantz, ficaram muito igualados.
Netanyahu teve o apoio dos partidos judaicos ultraortodoxos Shas, que capta boa parte dos votos sefardis (judeus orientais), Judaísmo Unido da Torá, dirigido principalmente aos ortodoxos ashkenazis (do leste da Europa) e da lista Yamina (direita radical), do atual ministro da Defesa Naftali Bennett.
Os resultados finais deverão demorar alguns dias para serem contabilizados, mas projeções apontam que os números não deverão mudar muito.
aso o cenário se confirme, Netanyahu será chamado pelo presidente de Israel, Reuven Rivlin, a liderar a formação de um novo governo. O premier terá então que negociar uma maioria parlamentar, o que poderia ocorrer se o Yisrael Beitenu, que deixou sua coalizão por se opor à participação de partidos religiosos, mudar de posição.
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