A ação que pediu a investigação de um soldado israelense em férias no Brasil foi feita por uma ONG dirigida por um ex-membro do grupo terrorista Hezbollah.
O militar Yuval Vagdani, de 21 anos, se tornou alvo de investigação da Polícia Federal no final de 2024, após um pedido da organização internacional Fundação Hind Rajab (HRF). A entidade pró-Palestina tem entre seus líderes Dyab Abou Jahjah, que já foi integrante do Hezbollah.
Segundo o governo de Israel, a ONG liderada por Jahjah tem ligações com o grupo terrorista baseado no Líbano.
Em um documento do Ministério para Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo, o governo israelense afirma que a missão da HRF é “buscar responsabilização legal por supostos crimes cometidos contra palestinos”.
E acrescenta: “Ativista nascido no Líbano, Jahjah declarou afiliações anteriores ao Hezbollah. Ele fundou a Liga Árabe Europeia (AEL) em 2001, uma organização dissolvida em 2007. Jahjah expressou publicamente opiniões críticas a Israel e apoiou figuras associadas aos movimentos de resistência palestinos e libaneses”.
O documento ainda revela que outro membro da ONG, Karim Hassoun, secretário no HRF, também é um apoiador de grupos extremistas.
Soldado fugiu do Brasil
A Fundação Hind Rajab acusou o soldado israelense Yuval de cometer crimes de guerra por supostamente ter participado de demolições em massa de residências civis em Gaza.
No último sábado (4), a Justiça Federal determinou que o soldado de Israel fosse investigado pela Polícia Federal.
No domingo (5), o militar, que estava na Bahia, deixou o Brasil às pressas, acompanhado pela Embaixada de Israel em Brasília.
Campanha antissemita
A Embaixada de Israel em Brasília afirmou que o soldado em férias no Brasil foi mais uma vítima da narrativa antissemitista e de processos legais da organização pró-Palestina.
“Por mais de duas décadas, uma campanha global tem como alvo Israel e os soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF), usando denúncias legais para avançar objetivos políticos”, afirmou.
Sobre a Fundação Hind Rajab, que pediu a investigação contra o militar israelense, a Embaixada comentou: “A organização estrangeira está explorando de forma cínica os sistemas legais para fomentar narrativa anti-Israel tanto globalmente quanto no Brasil, apesar de saber plenamente que as alegações carecem de qualquer fundamento legal”.
A Embaixada Israelense ainda declarou que Israel está exercendo seu direito à autodefesa após o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023 e que todas as operações militares em Gaza são realizadas de acordo com o direito internacional.
“Os verdadeiros perpetradores de crimes de guerra são as organizações terroristas, que exploram populações civis como escudos humanos e utilizam hospitais e instalações internacionais como infraestrutura para atos de terrorismo direcionados a cidadãos israelenses”, enfatizou.
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