Uma dirigente da ONU disse que a situação de guerra entre Israel e Hamas está “ainda mais infernal” desde a retomada das ações militares, após a trégua de sete dias.
O confronto no Sul da Faixa de Gaza, retomado em 1º de dezembro, tem impedido a chegada de ajuda humanitária à população.
“As operações militares israelenses se estenderam para o Sul de Gaza, obrigando outras dezenas de milhares de pessoas a fugir para espaços cada vez mais concentrados, com uma necessidade desesperada de alimentos, água, refúgio e segurança”, disse Lynn Hastings, que é coordenadora humanitária da ONU para os territórios palestinos.
‘Pedido de cessar-fogo duradouro’
Lynn também mencionou, além da falta de água potável, alimentos e saneamento, o esgotamento físico e mental de todos os que estão presenciando esta guerra.
Para ela, o cenário é muito propício para doenças e epidemias, que vão desencadear num desastre de saúde pública.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, voltou a pedir, nesta segunda-feira (04), um “cessar-fogo humanitário duradouro em Gaza” e a libertação de todos os reféns.
O exército israelense continua lutando pelos seus cidadãos e não deixa de mencionar como os terroristas mataram mais de 1.200 pessoas de forma indiscriminada no ataque surpresa de 7 de outubro.
Há várias notícias que mencionam os estupros de mulheres, idosas e crianças, corpos encontrados decapitados, mutilados e com sinais claros de tortura. Conforme o Jerusalém Post, muitas mulheres ficaram desfiguradas e foram baleadas na virilha, seios e partes íntimas.
“É por tudo isso que o silêncio sobre estes crimes de guerra é perigoso. Ameaça desfazer décadas de progresso e desfazer todo um movimento. O mundo tem que decidir em quem acreditar. É ultrajante que alguns que afirmam defender a justiça fechem os olhos e os corações às vítimas do Hamas”, conclui a ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.
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