O rabino israelense-britânico, Leo Dee, relata sobre a morte da esposa e das duas filhas durante um tiroteio terrorista em uma estrada da Cisjordânia. Apesar da imensa dor pela perda irreparável, ele disse que “não tem ódio em seu coração”.
A esposa Lucy Dee tinha 48 anos, a filha Maia Dee tinha 20 e a mais nova, Rina Dee, 15. O incidente ocorreu no dia 7 de abril enquanto a família passava de carro pelo Norte do Vale do Jordão, quando terroristas palestinos abriram fogo contra o veículo.
As duas jovens morreram na hora e Lucy foi levada às pressas para um hospital em estado crítico, onde morreu dois dias depois. Alguns órgãos de Lucy foram doados e transplantados horas antes de seu funeral, salvando a vida de cinco pessoas, entre elas um árabe, de acordo com o The Times of Israel.
Duas córneas também foram doadas, então haverá mais duas operações: “Acho que isso é significativo para nós porque Lucy tinha relações muito pacíficas com nossos vizinhos e acho que ela ficaria muito orgulhosa por ter salvado a vida de um árabe, mesmo naquela situação”, acrescentou o marido.
Lucy e Leo Dee. (Foto: Reprodução/The Times of Israel)
Justiça e perdão
“Obviamente, gostaria que eles (assassinos) fossem capturados e tratados com toda a justiça que merecem, mas principalmente para impedi-los de fazer algo assim novamente”, disse Leo ao ponderar sobre o que viveu.
“Nada vai trazer de volta nossas amadas Lucy, Maia e Rena”, disse enquanto estava sentado do lado de fora de sua casa, no assentamento de Efrat, na Cisjordânia, ao lado de seu filho sobrevivente e outras duas filhas que estavam em carro separado enquanto todos iam para Tiberíades, planejando passar as férias.
O foco do rabino, segundo ele mesmo, está no futuro de todos, mas em especial do povo de Israel. Ele também disse que não tem nada contra os palestinos e que mantém uma amizade sincera com muitos deles.
‘Necessidade de união e amor’
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu fez uma visita de condolências à família de Leo Dee, no domingo (16), quando compartilharam um com o outro sobre o processo do luto, já que Netanyahu também sofreu com a perda de seu irmão Yonatan, quando foi morto no famoso ataque a Entebbe, em 1976.
Eles também conversaram sobre a necessidade de unir o povo judeu por meio do amor, abraçando todas as pessoas e olhando para o bem.
“Não sei por que temos que nos concentrar em coisas que nos afastam e nos separam”, disse ao lembrar que as pessoas deveriam se concentrar mais nas necessidades da população.
Sobre os assassinos
Os suspeitos continuam soltos, apesar das promessas das autoridades de que serão encontrados e levados à justiça. Acredita-se que eles estejam escondidos no Norte da Cisjordânia.
Na semana passada, a família recebeu visitas do presidente Isaac Herzog e sua esposa Michal, do prefeito de Efrat, Oded Revivi, do líder do partido Unidade Nacional, Benny Gantz, e do ministro da Defesa, Yoav Gallant, entre outros.
Várias horas após o tiroteio mortal, um árabe israelense dirigiu seu carro contra um grupo de turistas perto de um calçadão em Tel Aviv, matando o cidadão italiano Alessandro Parini e ferindo outras sete pessoas.
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