Conforme um relatório divulgado na terça-feira (7), pela Comissão de Inquérito das Nações Unidas, Israel foi considerado culpado pela “discriminação persistente contra os palestinos” e pela violência entre os dois lados.
Os fatores que contribuíram para a ONU apontar Israel como responsável pela violência foram os seguintes: “deslocamento forçado, demolições, construção e expansão de assentamentos, violência de colonos e o bloqueio de Gaza”.
A comissão fez duas viagens para concluir o relatório de 18 páginas, uma para Genebra e outra para a Jordânia, tendo o foco voltado nas causas do conflito.
Israel se recusou a cooperar com a comissão e não lhe concedeu entrada em Israel ou acesso a áreas controladas por palestinos na Cisjordânia e em Gaza. Conforme a ONU, os assentamentos israelenses são ilegais, inclusive em Jerusalém Oriental e nas Colinas de Golã.
Mais acusações contra Israel
A comissão alega que Israel destrói a infraestrutura de água dos palestinos e ainda tenta silenciar vozes críticas na sociedade civil palestina.
“Assédio e abuso de mulheres e meninas palestinas pelas forças de segurança israelenses, no Território Palestino Ocupado, foram relatados em postos de controle e no caminho para a escola e o trabalho”, diz ainda o relatório.
A solução, segundo o comissário Miloon Kothari, é acabar com a ocupação de Israel “para que seja interrompido o ciclo persistente de violência”, ele disse.
Israel se defende
O Ministério das Relações Exteriores rejeitou o relatório como “nada mais do que um desperdício de dinheiro e esforço dos sistemas das Nações Unidas”. Eles dizem que é uma espécie de “caça às bruxas” que está sendo realizada pelo Conselho de Direitos Humanos contra Israel.
Em um comunicado, o ministério chamou de “relatório tendencioso e unilateral contaminado pelo ódio ao Estado de Israel”. A declaração israelense também alegou que os três comissários do painel foram selecionados apenas por causa de suas posições públicas anti-Israel.
Embora o relatório tenha colocado a maior parte da culpa em Israel, ele também apontou o dedo para a Autoridade Palestina por suas próprias violações de direitos humanos e fracasso em realizar eleições.
Além disso, apontou para o Hamas por mostrar pouca consideração pelos direitos humanos. O relatório será apresentado oficialmente à sessão do Conselho de Direitos Humanos em 13 de junho.
Críticas ao relatório
Outros também criticaram a comissão e seu relatório. “O relatório dedica apenas alguns parágrafos para falar das violações cometidas pelo Hamas e outros grupos terroristas palestinos”, disse a assessora jurídica da ONG, Anne Herzberg.
“Nunca antes na história do implacável ataque da ONU a Israel, um relatório foi tão tendencioso, unilateral e totalmente contra as próprias regras e diretrizes da ONU”, disse Arsen Ostrovsky, CEO do Fórum Jurídico Internacional.
Para ele, o relatório “efetivamente dá sinal verde ao terror palestino, enquanto nega a Israel seu direito inalienável à autodefesa”, resumiu.
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