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Israel

ONU aponta Israel como principal culpado por conflitos com palestinos

O relatório da ONU foi criticado e apontado como tendencioso e contaminado pelo ódio ao Estado de Israel.

Fonte: Guiame, com informações de The Times of IsraelAtualizado: quinta-feira, 9 de junho de 2022 às 14:05
Soldados israelenses. (Foto representativa: Wikimedia Commons)
Soldados israelenses. (Foto representativa: Wikimedia Commons)

Conforme um relatório divulgado na terça-feira (7), pela Comissão de Inquérito das Nações Unidas, Israel foi considerado culpado pela “discriminação persistente contra os palestinos” e pela violência entre os dois lados.

Os fatores que contribuíram para a ONU apontar Israel como responsável pela violência foram os seguintes: “deslocamento forçado, demolições, construção e expansão de assentamentos, violência de colonos e o bloqueio de Gaza”.

A comissão fez duas viagens para concluir o relatório de 18 páginas, uma para Genebra e outra para a Jordânia, tendo o foco voltado nas causas do conflito. 

Israel se recusou a cooperar com a comissão e não lhe concedeu entrada em Israel ou acesso a áreas controladas por palestinos na Cisjordânia e em Gaza. Conforme a ONU, os assentamentos israelenses são ilegais, inclusive em Jerusalém Oriental e nas Colinas de Golã.

Mais acusações contra Israel

A comissão alega que Israel destrói a infraestrutura de água dos palestinos e ainda tenta silenciar vozes críticas na sociedade civil palestina.

“Assédio e abuso de mulheres e meninas palestinas pelas forças de segurança israelenses, no Território Palestino Ocupado, foram relatados em postos de controle e no caminho para a escola e o trabalho”, diz ainda o relatório.

A solução, segundo o comissário Miloon Kothari, é acabar com a ocupação de Israel “para que seja interrompido o ciclo persistente de violência”, ele disse.

Israel se defende

O Ministério das Relações Exteriores rejeitou o relatório como “nada mais do que um desperdício de dinheiro e esforço dos sistemas das Nações Unidas”. Eles dizem que é uma espécie de “caça às bruxas” que está sendo realizada pelo Conselho de Direitos Humanos contra Israel. 

Em um comunicado, o ministério chamou de “relatório tendencioso e unilateral contaminado pelo ódio ao Estado de Israel”. A declaração israelense também alegou que os três comissários do painel foram selecionados apenas por causa de suas posições públicas anti-Israel.

Embora o relatório tenha colocado a maior parte da culpa em Israel, ele também apontou o dedo para a Autoridade Palestina por suas próprias violações de direitos humanos e fracasso em realizar eleições.

Além disso, apontou  para o Hamas por mostrar pouca consideração pelos direitos humanos. O relatório será apresentado oficialmente à sessão do Conselho de Direitos Humanos em 13 de junho.

Críticas ao relatório

Outros também criticaram a comissão e seu relatório. “O relatório dedica apenas alguns parágrafos para falar das violações cometidas pelo Hamas e outros grupos terroristas palestinos”, disse a assessora jurídica da ONG, Anne Herzberg.

“Nunca antes na história do implacável ataque da ONU a Israel, um relatório foi tão tendencioso, unilateral e totalmente contra as próprias regras e diretrizes da ONU”, disse Arsen Ostrovsky, CEO do Fórum Jurídico Internacional.

Para ele, o relatório “efetivamente dá sinal verde ao terror palestino, enquanto nega a Israel seu direito inalienável à autodefesa”, resumiu. 

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