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Rússia contesta soberania de Israel sobre as Colinas de Golã e Jerusalém

A declaração foi feita poucas horas depois de Israel acenar apoio à Ucrânia.

Fonte: Guiame, com informações do Jerusalem PostAtualizado: sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022 às 10:20
Vice-embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, em Nova York. (Foto: ONU)
Vice-embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, em Nova York. (Foto: ONU)

Moscou contestou a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã e Jerusalém pouco antes de seu ataque à Ucrânia, informou o site Jerusalem Post na quinta-feira (24).

“A Rússia não reconhece a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, que fazem parte da Síria”, disse o vice-embaixador russo, Dmitry Polyanskiy, ao Conselho de Segurança da ONU, que realizou um debate sobre o conflito israelo-palestino na quarta-feira (23).

A reunião mensal do Conselho de Segurança das Nações Unidas ocorreu enquanto a Assembleia Geral debatia a crise entre Rússia e Ucrânia.

A declaração de Polyanskiy foi feita poucas depois que Israel quebrou sua neutralidade no conflito, acenando seu apoio à Ucrânia.

No Conselho de Segurança da ONU, a Rússia lembrou a Israel que está com a Síria — país onde os russos iniciaram uma campanha militar em 2015. 

O Golã foi conquistado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) durante a Guerra dos Seis Dias em 1967. Israel anexou o Golã em 1981, mas até hoje, os Estados Unidos são o único país que reconhece essa soberania. 

Em dezembro de 2021, o gabinete israelense aprovou um plano de 1 bilhão de shekel (equivalente a R$ 1,5 bilhão) para aumentar a população de Israel no Golã, inclusive através da criação de duas novas cidades.

Polyanskiy lembrou essa decisão quando disse que a Rússia estava “preocupada com os planos anunciados por Tel Aviv para expandir a atividade de assentamento nas Colinas de Golã ocupadas, o que contradiz as disposições da Convenção de Genebra de 1949”.

O diplomata russo também questionou, de forma indireta, a soberania israelense sobre Jerusalém, incluindo a parte ocidental da cidade.

Em 2017, Moscou disse que reconhecia Jerusalém Ocidental como a capital de Israel. Na quarta-feira, Polyanskiy usou Tel Aviv como sinônimo de governo de Israel, indicando que não reconhece a soberania israelense sobre a parte oriental de Jerusalém, como sua capital, onde está localizado o Muro das Lamentações.

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