19 de abril: Dia de lembrar dos índios convertidos a Cristo em todo o mundo

Há muitos casos de missionários impedidos de evangelizar índios, o que alerta para o ataque à liberdade religiosa.

Fonte: GuiameAtualizado: quarta-feira, 19 de abril de 2023 às 16:23
Imagem ilustrativa de povos indígenas. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Imagem ilustrativa de povos indígenas. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O dia 19 de abril é conhecido como o “Dia do Índio” ou “Dia dos Povos Indígenas” e contribui para a preservação da cultura e da história desses povos. 

A data também é um convite para a reflexão sobre o preconceito contra os indígenas e uma forma de lutar pelos seus direitos, inclusive os de religião ou crença. 

Recentemente, o Guiame publicou uma matéria que falava sobre a medida que proíbe contato de missionários com Yanomamis. Especialistas brasileiros apontaram a proibição como inconstitucional, alertando que o Estado Brasileiro estava ferindo a liberdade religiosa. 

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Ministério da Saúde, em portaria conjunta, publicada em 1º de fevereiro, proibiram a entrada dos missionários e qualquer uso de imagens com referências à religião aos povos indígenas. 

Direito de escolher uma religião

Em um debate sobre a liberdade religiosa em culturas indígenas no Brasil, o pastor do ministério Cristão Resgate, Giuliano Farias, comentou que pela Constituição Nacional, a pregação para os índios é assegurada.

Ele também comenta que a cultura pode ser transformada, mas que alguns pontos podem permanecer: “Estamos debaixo da lei nacional da nossa Constituição, mas o missionário tem o direito de professar sua fé e de pregar. E o índio tem o direito de escolher que fé ele vai professar. Então, ele tem o direito sim de estar ali, de ajudar aquela cultura, aquele povo”.

‘Os campos estão maduros’

O pastor Joel Engel, que levou o Evangelho à tribo Karajá, na Ilha do Bananal, em Tocantins, disse que “os campos estão maduros”. 

“Foram tremendas as coisas que aconteceram lá. Meu coração se encheu de alegria de poder levar a Palavra de Deus a toda uma nação indígena, em apenas um dia”, compartilhou o pastor.

“Somente em uma reunião, dezenas aceitaram Jesus. A gente pensa que esse povo está tão longe, separado e inacessível. Mas eles me receberam com muito amor. Como Jesus disse, os campos estão maduros, os ceifeiros é que são poucos”, observou. 

Tribo alcançada na Colômbia

Os missionários Travis e Beth Burkhalter, da Junta de Missões Internacionais da Igreja Batista, se esforçaram durante anos para aprender a difícil língua do povo indígena Embera, na Colômbia. Só assim conseguiriam compartilhar o Evangelho com a tribo não alcançada.

“O idioma dos Embera é único e eles não falam espanhol. A língua não é escrita e não há recursos para ajudar no aprendizado”, explicaram ao dizer que a tarefa parecia assustadora, mas que eles estavam motivados a salvar almas.

“Fazemos histórias bíblicas cronológicas, o que significa que começamos com as histórias iniciais e percorremos a Bíblia. Eles nunca ouviram a história da criação, nunca ouviram falar de Adão e Eva”, explicou Travis.

A missionária Beth criou o projeto Embera Bead para ajudar essas famílias deslocadas a pagar aluguel, alimentação, assistência médica e outras necessidades. Os indígenas fazem bijuterias para se sustentar.

Viagens missionárias nos EUA

Nos EUA, um menino indígena de 10 anos se converteu e levou outras crianças a Jesus, em uma aldeia em Montana, graças ao trabalho de uma equipe da Primeira Igreja Batista de Jonesboro.

Eles fizeram uma viagem missionária de seis dias para participar de uma reunião tradicional de milhares de nativos americanos na reserva, chamada de “Pow wow”.

“Nós montamos tendas. Dormíamos em tendas. Sem eletricidade, sem água corrente. E 33 indígenas professaram Jesus como seu Senhor e Salvador. Isso é o que realmente importa”, relatou um dos missionários. 

Aborígenes que seguem a Cristo na Austrália

Na Austrália, uma aborígene traduziu partes da Bíblia a seu povo e disse se sentir honrada pela missão que começou na família, através de seus tios missionários.

“Você não precisa desistir da sua terra, não precisa desistir do seu idioma para ser cristão. Minha família deixou um legado que devemos seguir”, disse Charmaine sobre suas origens. 

O projeto Noongar, fundado pelos tios de Charmaine e outros anciãos, foi retomado por ela, envolvendo o ensino de idiomas e tradução bíblica. 

Charmaine já traduziu um livro em Noongar, sobre a história do Natal para crianças, que foi lançado no ano passado: “Jesus Koorlangweda (Jesus nasceu)”. E, atualmente, ela está trabalhando na tradução de Gênesis. “Sinto-me honrada”, ela concluiu.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições