Ataque em culto de domingo mata 15 cristãos em Burkina Faso

Burkina Faso foi o país africano com a maior contagem de pessoas mortas em ataques de extremistas.

Fonte: Guiame, com informações da Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 27 de fevereiro de 2024 às 12:26
Burkina Faso subiu três posições para o 20º lugar na última lista mundial de observação. (Foto representativa: Portas Abertas)
Burkina Faso subiu três posições para o 20º lugar na última lista mundial de observação. (Foto representativa: Portas Abertas)

Pelo menos 15 cristãos foram assassinados por supostos militantes islâmicos que chegaram no culto atirando no domingo (25), em Burkina Faso.

O ataque aconteceu em uma igreja na vila de Essakane, província de Oudalan, no nordeste do país.

Segundo a Portas Abertas, doze pessoas morreram instantaneamente e três que foram levadas ao hospital também não resistiram aos ferimentos.

“Nesta dolorosa circunstância, convidamos você a orar por aqueles que morreram na fé, pela cura dos feridos e pela consolidação dos corações enlutados”, dizia uma declaração do Abade Jean-Pierre Sawadogo, chefe da diocese local.

País com mais ataques

Burkina Faso foi o país africano com a maior contagem de pessoas mortas em ataques de extremistas, de acordo com a Mission Network News. Em 2023, o país sofreu com os ataques violentos e mortais.

A maior parte das atividades terroristas na África Ocidental vem de grupos islâmicos radicais que lutam por um califado muçulmano. Levando em conta a motivação, sabe-se que muitos cristãos, pastores e igrejas estão nos planos dos criminosos.

Agravamento da perseguição

Com uma das piores crises de deslocamento do mundo, em Burkina Faso os cristãos estão entre os diversos grupos obrigados a abandonar suas casas em busca de segurança.

“Burkina Faso é conhecido pela tolerância religiosa e pela coesão social entre as pessoas, no entanto, a crescente insurgência islâmica ameaça a coexistência pacífica dos burquinenses”, explica Jo Newhouse, porta-voz da Portas Abertas para o trabalho na África Subsaariana.

“Os cristãos foram desproporcionalmente afetados pela crescente insurgência no norte do país, com igrejas e comunidades cristãs destacadas nos ataques, enquanto os muçulmanos que não estão do lado dos grupos extremistas islâmicos também sofreram muito”, continua ela.

O país africano avançou diversas posições, alcançando o vigésimo lugar na mais recente Lista Mundial de Vigilância, devido aos alarmantes índices de violência contra os cristãos, somados ao crescente agravamento das tensões nas esferas da vida privada, comunitária e nacional.

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