Brasileiras evangelizam estudantes em universidade do Canadá: “Deus uniu propósitos”

Elas criaram o Good News, uma célula dentro do clube do CCSAI do Centennial College, em Toronto.

Fonte: Guiame, Adriana BernardoAtualizado: sexta-feira, 10 de maio de 2019 às 20:53
Guilherme Batista (primeiro plano) em evento da célula Good News na universidade Centennial, com Guilherme Batista. (Foto: Divulgação/Good News).
Guilherme Batista (primeiro plano) em evento da célula Good News na universidade Centennial, com Guilherme Batista. (Foto: Divulgação/Good News).

Ao chegar em Toronto, duas brasileiras tinham o mesmo propósito: levar a palavra de Deus para os alunos da universidade onde elas iriam estudar. Embora não se conhecessem, Andreza Almeida e Barbara Tacchi saíram do Brasil com o mesmo desejo em seus corações.

Elas contam ao Guiame que, antes de sair do Brasil, oravam a Deus nesse sentido e se conhecerem no Centennial College, onde ambas estudam, entenderam que na verdade “aquele propósito era do Senhor”.

Bárbara é engenheira de produção, de Belo Horizonte, está há um ano em Toronto, onde estuda Business Supply Chain and Operations Management. Ela conta que na Igreja Batista Central de BH, “somos muito ativos em célula, principalmente em trabalhos missionários, e temos um grupo com foco nas escolas, que se chama O2”.

A estudante explica que trouxe para o Canadá a ideia do O2, que significa “um novo ar para as escolas”, de levar a palavra para estudantes com o propósito de “purificar o ar em relação ao que tem acontecido no mundo”.

“Peguei essa ideia e antes de vir para o Canada eu fiz um curso no O2 e a minha intenção era abrir alguma coisa na universidade para onde eu iria. Não sabia como, mas sabia que Deus proveria de alguma forma”, conta.

Andreza (primeira à esquerda), Barbara (acima), Lilian (centro embaixo) e equipe em evento do Good News. (Foto: Divulgação/Good News)

Propósito de Deus

Quando conheceu Andreza, conversaram a respeito e perceberam que havia nelas o mesmo desejo. “Deus uniu meu propósito e o da Andreza. A gente chegou no ‘college’ orando muito a respeito e as coisas foram acontecendo”, explica.

Andreza Almeida, também faz o curso de Business Supply Chain and Operations Management. Carioca, está há um ano no Canadá.

Ela conta que soube, junto com a Barbara, de um cartaz que existia um grupo cristão dentro da universidade e tentaram contato para fazerem parte. Mas por ser época de Summer Break (férias de verão) não obtiveram retorno. Fizeram várias tentativas depois e descobriram que era um grupo reservado para alunos chineses.

Então decidiram buscar orientação para abrirem um grupo cristão onde pudessem participar e atrair pessoas para estarem em comunhão e para falar de Jesus. Por existir o grupo dos chineses, elas contam que foi muito difícil abrir um novo dentro da faculdade, com o apoio e autorização deles.

“Tivemos que apresentar várias propostas, houve diversos desafios, exigências, muita burocracia. Havia várias regras a serem cumpridas para a autorização do formato, cinco administradores principais para organizar tudo, no mínimo 15 pessoas assinando”, conta Bárbara. “No final das contas Deus possibilitou que tudo isso acontecesse, fizemos os treinamentos e começamos as reuniões”.

As estudantes disseram ainda ter total apoio do Centennial College, para a célula que funciona dentro do Clube. "A Centennial nos incentiva, apoia e dá suporte aos clubes credenciados deles!", destaca Andreza. "Ali nós tivemos espaço para começar e crescer. Nossos eventos têm apoio 100% deles, não só com o espaço que utilizamos, mas todas a estrutura do local".

Reunião de célula do Good News dentro do Centennial College, em Toronto. (Foto: Divulgação/Good News)

Andreza confirma as dificuldades para darem início à célula dentro da universidade. “Desde o momento que decidimos abrir essa célula, vinculada ao clube, em agosto, foi muito burocrático. Pensamos em desistir, mas vimos que era mais forte do que nós”, conta.

Barbara explica que a multicultura da universidade faz com que haja espaço para todos. Isso fez com que os objetivos colocados na proposta para a criação do grupo respeitassem essas condições locais.

“Aqui temos que ter mais cuidado para falar de Jesus, na proposta que fizemos tivemos que não deixar com aspecto religioso, mesmo sendo cristão, de fé, tivemos que deixar claro que o grupo era para beneficiar todos estudantes, assim, fizemos várias propostas para encaixar naquilo que eles aceitariam, até que dar certo”, explica Barbara.

Evangelismo e encorajamento

Barbara diz que o Projeto Good News Club começou a ser executado oficialmente em setembro de 2018 com o propósito de apresentar Jesus para as pessoas. “Colocamos esse nome porque o propósito do grupo é trazer as boas novas de Jesus”, conta Barbara.

Os encontros acontecem em uma sala reservada dentro do Centennial, como um culto. “Fazemos um quebra-gelo, três louvores, palavra de 15 minutos, conversamos, abrimos para testemunhos e fechamos com um louvor”, conta Barbara, que diz que as reuniões não podem ultrapassar 50 minutos. “Geralmente fazemos em intervalos entre aulas, para aproveitarmos o tempo”, explica.

Barbara e Andreza começaram o grupo Good News, que teve no início a estudantes brasileiras Heloísa Cristina e Larissa Raizer e o indiano Jass (Jestlin Jvinz). Hoje são 16. O grupo já realizou diversas reuniões, e outras atividades como feiras e eventos, que precisam acontecer duas vezes por semestre.  “O primeiro evento de evangelismo que fizemos foi no Bridge, uma ponte que interliga dois blocos da universidade, ali ficávamos convidando as pessoas para participar do grupo, falando de Jesus e divulgando as atividades”, conta Andreza.

“Fizemos uma prayer box (caixa de oração) com um cartão dizendo para as pessoas escreverem algo que as estava angustiando ou de que precisassem de oração. Elas colocavam o nome e o assunto e nós dizíamos que durante a semana estaríamos orando por elas”, conta Andreza.

Cartaz com convite para reunião de célula do Good News dentro do Centennial College, em Toronto. (Foto: Divulgação/Good News)

O mais recente aconteceu em abril, com ministração do evangelista brasileiro Guilherme Batista, que veio por intermédio da estudante brasileira do Centennial, Lilian Moreira, paulista, que está há 4 anos no Canadá e cursa Nutrition and Food Service Management.

Ela conta que usava sempre camisetas com mensagens cristãs, e acabou se relacionando com pessoas que entendiam que ela era cristã. Acabou se relacionando com algumas pessoas com essa “estratégia”.

Lilian e Barbara são da mesma igreja em Toronto, a Snowball (Bola de Neve), mas não se conheciam, por frequentarem horários diferentes. Porém, Lilian foi o link entre o grupo e Guilherme Batista, que conheceu na Snowball.

“Como ele veio estudar inglês e tem um ministério com jovens, em um dos cultos disse que se alguém tivesse interesse que ele fosse na universidade para ministrar era só falar com ele”, conta Lilian.

Lilian conta que comentou com duas amigas cristãs de sua sala. Ela tinha ouvido falar sobre a célula no ‘college’ por uma amiga da igreja. Então ela pensou em agregar a célula com a disposição do Guilherme e, por meio do grupo de WhatsApp da igreja, conheceu a Barbara.

“Deus me usou como um link entre o Guilherme e o Good News. Acredito que esse é o meu ministério, porque não é a primeira vez que Deus me usa para conectar pessoas para o seu propósito”, conta Lilian, que diz "Tocou no meu ministério".

Com a agenda acertada para a participação do brasileiro em uma reunião do Good News, o evento aconteceu em abril. Lilian conseguiu ainda conectar-se com outras igrejas brasileiras que também participaram do evento, como a Rocha Eterna e Batista.

Foram duas horas de reunião, que rendeu muitos frutos para o reino de Deus.

Prayer Box para incentivar pedidos de oração na célula do Good News. (Foto: Divulgação/Good News)

Colhendo frutos

Nesses meses, os frutos têm aparecido, apesar de algumas dificuldades e regras que precisam respeitar dentro do espaço universitário.

A universidade é formada por estudardes de diversas partes do mundo. “É muita diversidade, 75% são indianos, inclusive em nosso grupo temos o Jass, que é filho de pastor e está conosco no mesmo propósito”, conta Barbara.

O último evento houve 10 vidas que se renderam a Jesus. “Dessas tinham pessoas da América Central, Ásia, Índia, Irã, África”, relata Barbara. O culto foi traduzido pela pastora da Snowball, Viviane Nunes.

“Havia gente de várias nacionalidades, foi algo lindo, fiquei superfeliz e tenho certeza que essa célula ainda vai impactar muito. Eu quero continuar sendo o link de Jesus e, assim vamos vivendo as coisas lindas de Deus tem preparado para nós”, finaliza Lilian.

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