Com a morte do presidente do Irã, o que pode mudar para os cristãos?

Lana Silk, da missão ‘Transform Iran’, afirma que não deve haver mudanças na condução da política iraniana sobre os cristãos.

Fonte: Guiame, com informações da MNNAtualizado: terça-feira, 21 de maio de 2024 às 14:38
Ebrahim Raisi, presidente do Irã, morto em acidente de helicóptero. (Foto: Wikipedia)
Ebrahim Raisi, presidente do Irã, morto em acidente de helicóptero. (Foto: Wikipedia)

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, morreu após o helicóptero onde viajava com outras autoridades ter caído na manhã de domingo (19). O anúncio do acidente e morte de todos a bordo foi feito pela mídia estatal e causou choque em todo o Irã e no mundo muçulmano.

Raisi era considerado um político linha-dura com um histórico de repressão aos próprios iranianos: ele supervisionou as execuções de mais de 30 mil pessoas em 1988. Mais recentemente, ordenou punições a mulheres sobre o uso do hijab (véu islâmico).

Raisi estava sendo preparado para possivelmente suceder o atual líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei.

Devido à morte de Raisi, o Irã decretou cinco dias de luto. Enquanto isso, o governo já marcou eleições dentro de 50 dias para a substituição do presidente morto.

Mudanças após a morte de Raisi

Lana Silk, CEO da Transform Iran, afirma que não deve haver mudanças na condução da política iraniana devido à morte de Raisi:

“Sim, isto é extremamente significativo. O presidente de um país morreu. Você pensaria que isso mudaria ou potencialmente mudaria muitas coisas no país.”

E continuou: "A realidade é que o líder supremo Ali Khamenei é literalmente o líder supremo do Irã e controla quase tudo. Pode-se argumentar que todas as outras extensões do governo e da autoridade são uma extensão de sua vontade. Ele já fez uma declaração oficial dizendo que nada vai mudar."

O que vem a seguir nos rumos da política iraniana é incerto. E esse cenário cria o potencial para mais agitação.

Por enquanto, o vice-presidente Mohammad Mokhber foi nomeado presidente interino.

A esperança é Jesus

"A agitação gera dificuldades para a pessoa comum no Irã. Ela dá espaço para aqueles que estão saqueando a nação... e cria oportunidades para o aumento da discriminação e perseguição das minorias, especialmente dos cristãos", declarou Silk.

Mesmo assim, a Transform Iran continuará compartilhando o Evangelho e discipulando os crentes no Irã, usando todas as plataformas de comunicação possíveis – incluindo televisão, rádio e redes sociais.

O objetivo da missão é garantir que, quando os iranianos se sentirem estressados, sem esperança ou em busca de respostas, eles encontrem Jesus Cristo.

“Acho que a mensagem de esperança continua sendo a nossa mensagem mais importante para o povo do Irã”, diz Silk. “Essas pessoas que são seus governantes, essas pessoas que estão tornando suas vidas miseráveis, não são, em última análise, as que têm controle sobre vocês.”

"Há uma autoridade superior — uma boa autoridade superior. Há esperança. Então, continuamos a apontar Jesus para o povo do Irã.”

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