Quinze minutos após ter subido no púlpito para pregar, o pastor Abraham (nome fictício por razões de segurança) disse que houve uma explosão em sua igreja, na República Democrática do Congo.
“Estamos em um mundo de tribulações, mas nunca negaremos a nossa fé; continuaremos a servir ao nosso Senhor”, disse após o ataque à igreja na província de Kivu do Norte.
Dorcas Moussi (nome fictício), líder da equipe para o trabalho da Portas Abertas na África Central, afirmou que “é horrível que as pessoas reunidas em adoração ao Senhor tenham sido alvo dessa violência causada pela intolerância religiosa”.
A cristã também lembrou que esse tipo de ação tem crescido porque não há segurança para a população congolesa.
“Apelamos à igreja global para orar pelo conforto de Deus aos enlutados e pela sua provisão aos cristãos nessas circunstâncias”, pediu Moussi ao solicitar também que as autoridades internacionais ofereçam apoio adequado ao governo do país.
Sobre o ataque mortal
Segundo a Portas Abertas, a bomba foi detonada durante uma celebração de batismo e causou a morte de 13 pessoas, ferindo outras 63, em janeiro de 2023.
Os feridos receberam cuidados nas cidades de Kasindi e Beni. Na ocasião, as autoridades de segurança acreditavam que os autores seriam as Forças Democráticas Aliadas (ADF), que tinham como alvo principal aldeias cristãs, clínicas e pastores.
Mas, dias depois, os jihadistas do Estado Islâmico reivindicaram o incidente. De acordo com fontes locais, três bombas foram plantadas no complexo da igreja, porém apenas uma detonou.
“Glória a Deus porque, das três bombas, apenas uma explodiu. Se todas as três explodissem a consequência teria sido catastrófica”, disse um líder de campo da Portas Abertas na RDC.
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