Coreia do Norte doutrina crianças e ensina ‘aversão ao cristianismo’

A doutrinação por parte das autoridades garante que as crianças sejam facilmente manipuladas.

Fonte: Guiame, com informações da Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 6 de junho de 2023 às 14:29
Crianças norte-coreanas. (Foto representativa: Wikimedia Commons/Stephan)
Crianças norte-coreanas. (Foto representativa: Wikimedia Commons/Stephan)

No dia 6 de junho, a Coreia do Norte celebra o “Dia da União das Crianças de Chosun”, uma instituição do governo ditatorial que obriga todas as crianças entre 8 e 14 anos a se inscrever. 

Na União das Crianças de Chosun, os pequenos não apenas devem fazer exercícios de autocrítica, como também pontuar críticas aos amigos semanalmente. 

A atividade acontece aos sábados, onde as crianças aprendem os princípios de vida em comunidade do regime ditatorial e desenvolvem habilidades sociais exigidas pelas autoridades norte-coreanas.  

A doutrinação garante que elas sejam facilmente manipuladas pelas autoridades. Isso também acontece nas escolas, onde as crianças são submetidas a trabalhos como recolher galhos secos e tarefas no campo no horário das aulas, o que prejudica sua evolução escolar.   

‘Aversão ao cristianismo’

De acordo com a Portas Abertas, as crianças são treinadas a ter aversão pelo cristianismo. Conforme especificou ao Guiame o cristão perseguido que conseguiu fugir do país, Timothy Cho: “Há uma lavagem cerebral anticristianismo na Coreia do Norte”.

A Portas Abertas explicou que nas escolas, a realidade das crianças também é dura: “Muitas delas estão morrendo de fome ou crescendo subnutridas por causa da falta de alimentação adequada no contexto de pobreza em que grande parte delas vive”. 

Para contornar o problema, algumas pedem esmolas nas ruas. Enquanto isso, as autoridades celebram o feriado nacional e continuam doutrinando essas crianças. 

“Esperamos que, um dia, as crianças norte-coreanas possam sorrir com leveza, sem o fardo do cansaço do trabalho, e possam de fato serem crianças, com respeito ao direito delas de brincar e estudar”, concluiu a organização. 

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