A destemida evangelista, Zhou Jinxia, na cidade portuária de Dalian, no extremo Sul de Liaoning, na China, ficou conhecida pelas tentativas de pregar o Evangelho ao ditador Xi Jinping e sua esposa Peng Liyuan.
Zhou tem 53 anos e afirma que foi chamada por Deus para essa missão. Em 2018, ela se posicionou em frente aos jardins de Zhongnanhai, onde está localizada a sede oficial do governo da República Popular da China, em Pequim.
Na ocasião, ela segurou um cartaz com as seguintes palavras: “Deus ama as pessoas do mundo e está chamando Xi Jinping”. Seu objetivo era alcançar o presidente chinês com a mensagem cristã enquanto o Congresso Nacional do Povo (NPC) se reunia com a Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC).
A cristã foi detida criminalmente por policiais que classificaram a ação como “ordem social perturbadora” e confiscou seus materiais. Zhou foi solta da prisão, mas já foi detida muitas vezes por evangelizar em várias partes da China.
‘Tentou evangelizar o presidente mais de 50 vezes’
Em fevereiro deste ano, Zhou foi até a Sede Central do Partido Comunista Chinês e do Conselho de Estado da China em Pequim e tentou evangelizar Xi Jinping novamente.
Ela usou a mesma estratégia, erguendo um cartaz e pedindo que o líder acreditasse em Jesus. No outro dia, 21 de fevereiro, a cristã foi presa pela polícia sob a acusação de “provocar brigas e causar problemas”.
Segundo a China Aid, Zhou Jinxia já tentou compartilhar Jesus com Xi Jinping por mais de 50 vezes. A pregadora já tinha sido detida anteriormente por suas “atividades de evangelismo”, sempre nos meses de março.
Em março de 2015, ela foi detida durante 10 dias. Nos anos seguintes, em março de 2016 e de 2018, Zhou foi presa novamente sob a mesma acusação. Todos os anos em março, Pequim promove o evento “Duas sessões” do Partido Comunista Chinês, onde delegados de todo o país participam de sessões do Congresso Nacional do Povo e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.
Durante esse período, o governo intensifica a repressão contra a sociedade civil para garantir que não aconteçam “incidentes”.
Em 2020, Zhou se mudou para a vila Xiaobailou, em Pequim, se envolvendo ativamente em sua igreja e no trabalho de evangelismo. Em junho de 2021, ela foi expulsa da vila pelas autoridades locais e teve objetos confiscados. A cristã perseguida já está familiarizada com a repressão comunista, após ter a própria casa demolida pelo governo chinês.
‘Livre da prisão, mas determinada a não desistir’
No dia 4 de dezembro, o governo chinês decidiu libertar Zhou Jinxia. Ela, por sua vez, disse que não vai parar sua campanha que a levou repetidas vezes para a prisão.
Conforme o Bitter Winter, a cristã disse aos amigos que planeja continuar respondendo ao chamado de Deus, embora tenha sido avisada pelas autoridades de que neste caso, será presa novamente e mantida sob estrita vigilância.
Ela chegou a ser levada a um hospital psiquiátrico, onde os médicos concluíram, porém, que ela não sofre de nenhum problema mental.
Conforme o veículo, Zhou entende que, humanamente falando, as chances de Xi e sua esposa abraçarem o cristianismo são mínimas. No entanto, ela cita os versículos bíblicos que ensinam que o que é impossível para o ser humano é sempre possível para Deus.
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