Por reconhecer que não havia provas suficientes para a prisão do cristão iraniano Joseph Shahbazian, a Suprema Corte reduziu a sentença de 10 para 2 anos. A decisão surpreendeu já que, normalmente, os cristãos são ignorados e submetidos a sentenças injustas.
Joseph foi preso em maio de 2022, na famosa prisão de Evin, e havia solicitado a reabertura de sua sentença. Ele foi acusado de ameaça à segurança nacional e incitação de multidões por causa do envolvimento com uma igreja cristã.
Além disso, por adorar a Jesus, ele foi acusado de blasfêmia ao islã. Depois de uma tentativa frustrada de reabertura do caso, ele foi ouvido.
‘Sentença de punição máxima injustificada’
A nova sentença determina que Joseph cumprirá mais 15 meses de prisão. Assim que for liberto, ficará exilado na cidade de Kahnuj e será proibido de viajar para o exterior por dois anos.
“A Suprema Corte reconheceu, em fevereiro deste ano, que não há evidências ou documentação que comprovem as acusações contra Joseph. Consequentemente, a Corte considerou a sentença de punição máxima injustificada”, explicou a Portas Abertas.
A organização conta que o caso dele revela um padrão preocupante do sistema judicial da República Islâmica do Irã: “Os cidadãos cristãos são submetidos a punições severas, incluindo longas sentenças de prisão, desproporcionais se comparadas a outros crimes”.
“A redução da pena é um vislumbre de esperança, mas não minimiza ou altera o fato de que o tratamento injusto no sistema judiciário continua prejudicando as minorias religiosas e os direitos humanos no Irã”, concluiu a organização.
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